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Estado de Minas ATO POPULAR

Deputada ameaçada recebe apoio: 'Mexeu com Andréia, mexeu com todas'

Em abraço coletivo, Andréia de Jesus foi enaltecida por lideranças populares e outros políticos; ação policial em Varginha 'motivou' caso


09/11/2021 17:41 - atualizado 09/11/2021 18:09

Deputada Andréia de Jesus discursa em frente à Assembleia de MG
Andréia de Jesus (com o microfone) foi saudada por parlamentares e movimentos sociais (foto: Luiz Santana/ALMG)
"Mexeu com Andréia, mexeu com todas". Assim, em coro, repetindo frase cunhada pela vereadora Iza Lourença (PSOL-BH), parlamentares, militantes e lideranças populares deram um "abraço negro" em torno da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta terça-feira (09/11). O grupo se reuniu na porta do Parlamento, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, para prestar apoio à deputada estadual Andréia de Jesus (PSOL),  ameaçada de morte após cobrar a apuração da ação policial que terminou com a morte de 26 pessoas em Varginha, no Sul mineiro .

Na semana passada, Andréia chegou a ser "comparada", em tom de ameaça, a Marielle Franco, vereadora do PSOL do Rio de Janeiro executada em 2018. Ela  está sob escolta do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar de Minas Gerais .

Nesta terça, aos manifestantes que se reuniram para protestar em prol de sua vida, Andréia contou que a proteção pessoal é exercida pelos "melhores homens" da PM. Ela definiu o momento como histórico.

 "É uma conquista: tem uma mulher negra sendo preservada pela PM, que tem o papel de preservar a vida", disse.

Deputada em primeiro mandato, Andréia preside a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia. Por causa das prerrogativas inerente ao comando do comitê, pediu informações sobre a  ação policial em Varginha .

"Não vamos recuar. O nosso papel aqui é institucional. Está previsto na Constituição o papel da Comissão de Direitos Humanos. Não invento palavras", salientou ela. "Toda ação policial precisa de fiscalização e controle. Esse é o papel da Comissão de Direitos Humanos. Continuamos a fazê-lo", completou.

Além de receber apoio externo, a deputada se reuniu com colegas do Legislativo estadual. Entre eles, o presidente Agostinho Patrus (PV), que garantiu caminhar "até o fim" cobrando providências das autoridades para a descoberta da autoria das ameaças.

"Quando isso (as ameaças) é tratado como algo banal, estamos incentivando pessoas a repetir esses gestos. Vamos mostrar que não é banal e que não é normal. Não pode passar em vão sem a devida punição".


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