(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas PARTIDO LIBERAL

Site: Bolsonaro e presidente do PL teriam se ofendido em troca de mensagens

'Quem manda no PL sou eu', teria dito Valdemar da Costa Neto após presidente da República exigir Eduardo Bolsonaro como comandante do diretório de São Paulo


14/11/2021 19:15 - atualizado 14/11/2021 19:36

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) visita Dubai, nos Emirados Árabes Unidos
Bolsonaro debateu filiação ao PL durante visita a Dubai (foto: GIUSEPPE CACACE / AFP)
A "intensa troca de mensagens" que definiu, neste domingo (14/11), o  adiamento do ato de filiação do presidente Jair Bolsonaro ao Partido Liberal (PL)  foi marcada por ofensas de parte a parte. Isso é o que garante o site "O Antagonista". Segundo o veículo, o chefe do governo liberal discutiu fortemente com Valdemar da Costa Neto, cacique peelista e comandante do diretório nacional da legenda.

Um dos motivos para o impasse sobre a ida de Bolsonaro ao PL gira em torno do comando dos diretórios estaduais. Em São Paulo, o presidente queria dar o cargo ao filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal e atualmente no PSL.

"Você pode ser presidente da República, mas quem manda no PL sou eu", teria escrito Costa Neto a Bolsonaro.

A conversa, então, evoluiu para discussão. De acordo com "O Antagonista", Bolsonaro teria respondido ofendendo o presidente do partido, mandando-o para aquele lugar. Costa Neto, então, teria replicado a ofensa, dirigindo-a ao presidente da República.

As mensagens foram trocadas na madrugada deste domingo, horas antes da oficialização do adiamento da filiação. O ingresso oficial de Bolsonaro nos quadros do PL estava agendado para o próximo dia 22.

'Muitas coisas a acertar'


Bolsonaro está em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos,  liderando comitiva do governo que visita o país do Oriente Médio . Durante visita a uma feira, o presidente falou sobre o imbróglio em torno de seu futuro partidário.

"Temos muitas coisas a acertar ainda. Por exemplo, o discurso meu e do Valdemar nas questões das pautas conservadoras, nas questões de interesse nacional, na política de relações exteriores. A questão de defesa, os ministros, o padrão de ministros a continuar. Casamento tem que ser perfeito", explicou.

São Paulo retorna ao centro do debate por causa, ainda, da predisposição dos pelistas em dar apoio ao vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), nome que João Doria tenta emplacar na disputa pelo Palácio Bandeirantes. Bolsonaro é favorável a uma eventual candidatura de Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura.

Na tentativa de um acordo, a cúpula do PL sugeriu Tarcísio como candidato ao Senado Federal por Goiás. Enquanto os bolsonaristas vetam qualquer aliança com o grupo de Doria, o PL compõe a base aliada ao governo estadual e tem o controle de estruturas importantes, como o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

As divergências, porém, não se resumem a São Paulo. O PL e Bolsonaro têm obstáculos a superar em outros Estados, como Piauí e Alagoas - onde o partido de Costa Neto deve apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - e no Amazonas. Lá, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (AM), é adversário de Bolsonaro e ameaça sair da sigla.

Até 2019, o Partido Liberal era conhecido por Partido da República (PR).

Com informações da Agência Estado


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)