A "intensa troca de mensagens" que definiu, neste domingo (14/11), o
adiamento do ato de filiação do presidente Jair Bolsonaro ao Partido Liberal (PL)
foi marcada por ofensas de parte a parte. Isso é o que garante o site "O Antagonista". Segundo o veículo, o chefe do governo liberal discutiu fortemente com Valdemar da Costa Neto, cacique peelista e comandante do diretório nacional da legenda.
Um dos motivos para o impasse sobre a ida de Bolsonaro ao PL gira em torno do comando dos diretórios estaduais. Em São Paulo, o presidente queria dar o cargo ao filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal e atualmente no PSL.
"Você pode ser presidente da República, mas quem manda no PL sou eu", teria escrito Costa Neto a Bolsonaro.
A conversa, então, evoluiu para discussão. De acordo com "O Antagonista", Bolsonaro teria respondido ofendendo o presidente do partido, mandando-o para aquele lugar. Costa Neto, então, teria replicado a ofensa, dirigindo-a ao presidente da República.
As mensagens foram trocadas na madrugada deste domingo, horas antes da oficialização do adiamento da filiação. O ingresso oficial de Bolsonaro nos quadros do PL estava agendado para o próximo dia 22.
Bolsonaro está em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, liderando comitiva do governo que visita o país do Oriente Médio . Durante visita a uma feira, o presidente falou sobre o imbróglio em torno de seu futuro partidário.
"Temos muitas coisas a acertar ainda. Por exemplo, o discurso meu e do Valdemar nas questões das pautas conservadoras, nas questões de interesse nacional, na política de relações exteriores. A questão de defesa, os ministros, o padrão de ministros a continuar. Casamento tem que ser perfeito", explicou.
São Paulo retorna ao centro do debate por causa, ainda, da predisposição dos pelistas em dar apoio ao vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), nome que João Doria tenta emplacar na disputa pelo Palácio Bandeirantes. Bolsonaro é favorável a uma eventual candidatura de Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura.
Na tentativa de um acordo, a cúpula do PL sugeriu Tarcísio como candidato ao Senado Federal por Goiás. Enquanto os bolsonaristas vetam qualquer aliança com o grupo de Doria, o PL compõe a base aliada ao governo estadual e tem o controle de estruturas importantes, como o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
As divergências, porém, não se resumem a São Paulo. O PL e Bolsonaro têm obstáculos a superar em outros Estados, como Piauí e Alagoas - onde o partido de Costa Neto deve apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - e no Amazonas. Lá, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (AM), é adversário de Bolsonaro e ameaça sair da sigla.
Até 2019, o Partido Liberal era conhecido por Partido da República (PR).
Com informações da Agência Estado
Um dos motivos para o impasse sobre a ida de Bolsonaro ao PL gira em torno do comando dos diretórios estaduais. Em São Paulo, o presidente queria dar o cargo ao filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal e atualmente no PSL.
"Você pode ser presidente da República, mas quem manda no PL sou eu", teria escrito Costa Neto a Bolsonaro.
A conversa, então, evoluiu para discussão. De acordo com "O Antagonista", Bolsonaro teria respondido ofendendo o presidente do partido, mandando-o para aquele lugar. Costa Neto, então, teria replicado a ofensa, dirigindo-a ao presidente da República.
As mensagens foram trocadas na madrugada deste domingo, horas antes da oficialização do adiamento da filiação. O ingresso oficial de Bolsonaro nos quadros do PL estava agendado para o próximo dia 22.
'Muitas coisas a acertar'
Bolsonaro está em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, liderando comitiva do governo que visita o país do Oriente Médio . Durante visita a uma feira, o presidente falou sobre o imbróglio em torno de seu futuro partidário.
"Temos muitas coisas a acertar ainda. Por exemplo, o discurso meu e do Valdemar nas questões das pautas conservadoras, nas questões de interesse nacional, na política de relações exteriores. A questão de defesa, os ministros, o padrão de ministros a continuar. Casamento tem que ser perfeito", explicou.
São Paulo retorna ao centro do debate por causa, ainda, da predisposição dos pelistas em dar apoio ao vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), nome que João Doria tenta emplacar na disputa pelo Palácio Bandeirantes. Bolsonaro é favorável a uma eventual candidatura de Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura.
Na tentativa de um acordo, a cúpula do PL sugeriu Tarcísio como candidato ao Senado Federal por Goiás. Enquanto os bolsonaristas vetam qualquer aliança com o grupo de Doria, o PL compõe a base aliada ao governo estadual e tem o controle de estruturas importantes, como o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
As divergências, porém, não se resumem a São Paulo. O PL e Bolsonaro têm obstáculos a superar em outros Estados, como Piauí e Alagoas - onde o partido de Costa Neto deve apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - e no Amazonas. Lá, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (AM), é adversário de Bolsonaro e ameaça sair da sigla.
Até 2019, o Partido Liberal era conhecido por Partido da República (PR).
Com informações da Agência Estado