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Estado de Minas MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Governo de Minas quer reflorestar 3,7 milhões de hectares

Romeu Zema deixou a Europa prometendo meta ambiciosa de reflorestamento das áreas rurais até 2030


15/11/2021 04:00 - atualizado 15/11/2021 08:09

Romeu Zema
Romeu Zema apresentou potencial fotovoltaico do estado e fixou meta para replantio de árvores em áreas rurais (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 27/10/2)

Paralelamente ao discurso empreendido por representantes do Palácio do Planalto na COP-26, em Glasgow, na Escócia, governadores utilizaram a Conferência do Clima das Nações Unidas para apresentar ao mundo as ações de seus estados em prol do meio ambiente. Um dos que aproveitou o evento foi Romeu Zema (Novo), líder da comitiva de Minas Gerais. O séquito mineiro deixou a Europa prometendo meta ambiciosa: a ideia é reflorestar 3,7 milhões de hectares de áreas rurais até 2030.

O plano foi apresentado aos participantes da cúpula por Marília Melo, secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. O objetivo de reflorestamento compôs o portfólio de práticas que pautou, em solo escocês, as conversas sobre Minas Gerais. A busca por aumentar o escopo de áreas verdes passa, ainda, por objetivo traçado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). A autarquia quer, até o início da próxima década, aumentar em 15% as áreas de cobertura vegetal em relação aos espaços cuja vegetação foi perdida.

“Boa parte da nossa produção, hoje, já é feita de maneira quase verde. Somos o estado que mais refloresta no Brasil. Uma importante parcela do aço que produzimos usa carvão vegetal, que é uma fonte renovável. Boa parte da eletricidade que consumimos é produzida via hidrelétricas, somos um estado com muitos reservatórios e também estamos fomentando a energia solar, fonte em que somos o principal produtor brasileiro”, disse Zema, na quinta-feira.

Representantes do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) utilizaram a temporada europeia para aderir à Green Bank Network, coalizão internacional de instituições financeiras interessadas em apoiar projetos de caráter sustentável. O BDMG assinou, também, tratado elaborado pelo governo do Reino Unido para coibir, a partir de 2023, o repasse de verbas a iniciativas que utilizem combustíveis fósseis.

Energia solar 

Em meio às discussões energéticas, o governo mineiro “vendeu”, a líderes internacionais, o potencial fotovoltaico de Minas Gerais. Aumentar a captação de fontes renováveis, como a luz que vem do sol, é um dos objetivos do Palácio Tiradentes. “Temos uma meta já estabelecida de ampliar, em 60%, a base renovável no setor energético”, prometeu Marília Melo.

Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontam que Minas concentra 18,4% da geração deste tipo de energia. O índice permite que a emissão de 394 mil toneladas de gases de efeito estufa sejam evitadas ao ano. Ao lado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o governo estadual projeta diminuir, em nove anos, 12% da quantidade atual de gases disparados em direção à atmosfera.

O estado aderiu à Corrida pelo Zero, iniciativa mundial criada para eliminar a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa. A caminhada rumo à diminuição progressiva da produção negativa é composta por algumas etapas. Há entregas previstas para agosto do ano que vem, como as atualizações do plano de mudanças climáticas de Minas Gerais e do Inventário de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa, que aponta as atividades mais poluidoras nos 853 municípios mineiros.

Precaução 

Durante exposição feita em uma dos painéis da COP-26, Marília Melo garantiu que o governo tenta auxiliar as prefeituras para se adaptar e minimizar os efeitos das mudanças climáticas. A esperança é a plataforma Clima Gerais, que reúne ferramentas para amparar e dar subsídios técnicos às gestões locais. A segurança hídrica também pautou os debates.

As atividades industriais também estiveram na agenda do séquito mineiro. Ao lado de Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Zema e a titular da pasta de Meio Ambiente discorreram sobre os trabalhos para incentivar produções sustentáveis. Há esforços em prol do mapeamento das emissões e capturas de carbono advindas das atividades das 200 maiores indústrias sediadas no estado.

Zema chegou a ser o representante brasileiro em um dos debates da cúpula. Ele foi o responsável pelo país em um painel sobre estados organizados, cidades e regiões. A conversa tratou, justamente, das ações para o meio ambiente empreendidas por governos locais.


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