"Mais pareciam bons amigos se revendo". Foi assim que Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado federal, definiu o encontro entre Jair Bolsonaro (sem partido), presidente da República e pai de Eduardo, e Mohamed bin Zayed, príncipe herdeiro do sheik Zayed ben Sultan Al-Nahyan, considerado o fundador dos Emirados Árabes. A reunião ocorreu nesta segunda-feira (15/11), em Abu Dhabi, capital do país emiradense.
"E essa relação amistosa se converte em investimentos emiráticos no Brasil, como o fundo Mubadala que arrematou a refinaria de Landulpho Alves na Bahia, rodovia no Rio de Janeiro, metrô da Barra da Tijuca no Rio, dentre outros. O Brasil é o principal país da América Latina que recebe seus bilionários investimentos e eles desejam aumentar esse fluxo de recursos", também afirmou o parlamentar e filho do presidente.
A reunião entre Bolsonaro e o príncipe emiradense foi alvo de críticas. Jornalista da Globo e comentarista político da emissora, Guga Chacra afirmou que Mohamed bin Zayed é um ditador e comparou o governo emiradense a outros países, como Cuba e Venezuela, na América Latina.
"Vale lembrar que Mohammed bin Zayed é ditador dos Emirados Árabes. Nunca foi eleito para nada. Ditadura está em patamar similar a Cuba e Venezuela no ranking da Economist Democracy Index. Cristãos e mulheres sofrem restrições nos Emirados. Bolsonaro se considera amigo do ditador", afirmou, no Twitter, ao comentar a publicação de Eduardo Bolsonaro.
O encontro de Bolsonaro com "MBZ", como também é conhecido, faz parte da viagem presidencial ao Oriente Médio. A comitiva brasileira está nos Emirados Árabes desde o último sábado (13). Nesse domingo (14), a delegação esteve na Expo 2020, em Dubai.
A equipe fica no país emiradense até esta terça (16), quando parte para o Bahrein. Depois, na quarta (17), a comitiva brasileira vai ao Catar. A delegação fica no país até quinta-feira (18), quando deixa a Ásia e retorna ao Brasil após esses dias no Oriente Médio.