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Estado de Minas IDEOLOGIA NAS PROVAS

Bolsonaro: 'Enem agora começa a ter a cara do governo'

Em conversa com a imprensa, em Dubai, presidente nega política de estado para educação e diz que as redações e provas são "voltadas para aprendizado"


15/11/2021 14:47 - atualizado 15/11/2021 19:52

presidente Jair Bolsonaro
Presiodente está há três dias em Dubai (foto: Agência Brasil/EBC)
"Ninguém precisa ficar preocupado com aquelas questões absurdas do passado que caíam tema de redação (do Enem), que não tinha nada a ver com nada. Realmente agora será algo voltado para o aprendizado", declarou à imprensa o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na saída da Expo 2020, em Dubai, nesta segunda-feira (15/11). 

- Leia:  A Geografia e Enem, olho nas dicas!

O Presidente da República disse que as questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) "começam a ter a cara do governo". Durante a semana, 37 servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) renunciaram aos cargos, alegando tentativas de interferência no conteúdo das provas, situações de intimidação e acusando o presidente do órgão de despreparo.
 
"Conversei muito rapidamente com o Milton (Ribeiro, ministro da Educação), seria bom vocês conversarem com eles, o que levou àquelas demissões. Não quero entrar em detalhes, mas é um absurdo o que se gastava com poucas pessoas lá. Um absurdo, tá. Inadmissível o que acontecia. Então o Milton é uma pessoa séria, responsável, é do ramo, ele mandou mensagem para mim agora há pouco, diz que a prova do Enem vai correr na mais absoluta tranquilidade", afirmou Bolsonaro.
 
As queixas dos servidores foram relatadas a deputados da Frente Parlamentar de Educação, que pretende colocar em votação na semana que vem, na Comissão de Educação da Câmara, um pedido de audiência pública para detalhamento dos fatos. O presidente do Inep, Danilo Dupas, foi convocado para dar explicações, mas disse que gostaria de tratar internamente a questão. 
 
De acordo com os servidores, houve pressões psicológicas e vigilância velada na formulação do Enem 2021 para que evitassem escolher questões polêmicas que eventualmente incomodariam o governo Bolsonaro.


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