Jornal Estado de Minas

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Ministro da Educação diz que Enem terá a cara do governo pela 'honestidade'

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, 'corrigiu' uma afirmação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) dizendo que a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá a "cara do governo". Segundo o gestor da pasta, o exame terá a "cara do governo no sentido de competência, honestidade, seriedade". A declaração foi feita nesta quarta-feira (17/11) na Câmara dos Deputados, em uma ida voluntária à Comissão de Educação.




 
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"Ninguém precisa ficar preocupado com aquelas questões absurdas do passado que caíam tema de redação (do Enem), que não tinha nada a ver com nada. Realmente agora será algo voltado para o aprendizado", declarou à imprensa o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na saída da Expo 2020, em Dubai, na segunda-feira (15/11). O presidente disse que as questões do Enem "começam a ter a cara do governo".

Segundo Milton Ribeiro, a cara do governo mencionada pelo presidente é “no sentido de competência, honestidade, seriedade”. "Essa é a cara do nosso governo, não temos nenhum ministro preso, não temos nenhum caso de corrupção, é isso que é importante", disse Ribeiro aos parlamentares.

O ministro chegou a dar uma resposta à polêmica na terça-feira (16/11). Ele afirmou que o "Enem está pronto há meses. Não há como interferir".

Durante a semana, 37 servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) renunciaram aos cargos, alegando tentativas de interferência no conteúdo das provas, situações de intimidação e acusando o presidente do órgão de despreparo.




 
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"Conversei muito rapidamente com o Milton (Ribeiro, ministro da Educação), seria bom vocês conversarem com eles, o que levou àquelas demissões. Não quero entrar em detalhes, mas é um absurdo o que se gastava com poucas pessoas lá. Um absurdo, tá. Inadmissível o que acontecia. Então o Milton é uma pessoa séria, responsável, é do ramo, ele mandou mensagem para mim agora há pouco, diz que a prova do Enem vai correr na mais absoluta tranquilidade", afirmou Bolsonaro.
 
As queixas dos servidores foram relatadas a deputados da Frente Parlamentar de Educação, que pretende colocar em votação na semana que vem, na Comissão de Educação da Câmara, um pedido de audiência pública para detalhamento dos fatos. O presidente do Inep, Danilo Dupas, foi convocado para dar explicações, mas disse que gostaria de tratar internamente a questão. 
 
De acordo com os servidores, houve pressões psicológicas e vigilância velada na formulação do Enem 2021 para que evitassem escolher questões polêmicas que eventualmente incomodariam o governo Bolsonaro.

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