A chapa Lula-Alckmin pode se tornar realidade nas eleições de 2022. Desde que foram anunciadas conversas sobre uma aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin para disputar a Presidência da República, em 2022, o mundo político tem convivido com as especulações a respeito dos prós e contras na união entre dois ex-adversários declarados.
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Mas enquanto as manobras eleitorais por aqui não se concretizam, Lula continua a fazer contatos na Europa na tentativa de resgatar a imagem do país no continente. Ontem, na França, ele disse que o Brasil precisa voltar ao cenário internacional após o "isolamento" provocado por Bolsonaro. Segundo o petista, o atual governo "fez o Brasil dar as costas ao mundo".
Isolamento nocivo
"O isolamento político e diplomático do Brasil é nocivo não somente para nosso país, mas também para a comunidade de nações", salientou Lula, durante conferência na universidade de Sciences Po, de Paris, antes de encontrar com o presidente Emmanuel Macron. Ele deve se encontrar, hoje, com o presidente espanhol Pedro Sánchez.
Na França, Lula almoçou com a prefeita da capital, Anne Hidalgo. A candidata socialista à presidência da França em 2022 recebeu com um abraço o "amigo" brasileiro, a quem concedeu o título de cidadão honorário de Paris, em 2020.
"Ele é um visionário, um homem do povo, uma inspiração e ele tem meu apoio", elogiou Hidalgo antes do encontro com Lula em um bistrô parisiense.
Já na Espanha, Lula participará do fórum "Cooperação multilateral e recuperação regional pós-covid-19" junto com o ex-presidente do governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero e o atual chanceler, José Manuel Albares, entre outros.