Nas vésperas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mais uma polêmica envolvendo a formulação da prova ronda o Ministério da Educação e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Segundo servidores, o presidente teria pedido ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, que usasse o termo revolução ao se referir ao golpe militar de 1964 nas questões da prova.
A mudança dos termos é um desejo de Bolsonaro para que o exame passe a 'ter a cara do governo'.
Segundo servidores, o presidente teria pedido ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, que usasse o termo revolução ao se referir ao golpe militar de 1964 nas questões da prova.
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De acordo com integrantes do governo, o pedido de Jair Bolsonaro teria ocorrido ainda no primeiro semestre de 2021, quando a prova ainda estava sendo elaborada pelo MEC e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Segundo o próprio ministro, o pedido, no entanto, não foi levado adiante.
Ditadura Militar nas provas do Enem
Desde o primeiro ano de Bolsonaro no governo, em 2019, as provas do Enem não abordaram o período da ditadura militar. Na visão do presidente, capitão reformado do exército brasileiro, o golpe militar de 1964 foi, na verdade, uma revolução.
O termo vai na contramão das linhas de pesquisa historiográficas brasileiras e não condiz, inclusive, com o abordado pelos livros didáticos nas escolas - usados como base para os estudos dos candidatos.
O termo vai na contramão das linhas de pesquisa historiográficas brasileiras e não condiz, inclusive, com o abordado pelos livros didáticos nas escolas - usados como base para os estudos dos candidatos.