O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse neste sábado confiar na sua vitória nas prévias do PSDB marcadas para amanhã. A eleição interna escolherá o pré-candidato do partido à presidência da República. A jornalistas antes de um jantar com aliados em Brasília, Leite destacou a rejeição do governador de São Paulo, João Doria, seu principal adversário no ninho tucano, mas garantiu que a sigla sairá unida das prévias.
"No PSDB, quem tem menos rejeição é a nossa candidatura. O piso de onde partimos, mostram as pesquisas, é o mesmo, a diferença é que a nossa tem teto mais alto. A outra é mais difícil de crescer", afirmou o gaúcho. "Até o último momento, a gente vai atrás de cada voto. A gente está muito confiante para ganhar essas prévias, o sentimento que se observa no partido é de querer candidatura que apresente algo diferente para o Brasil". Ainda assim, destacou que na sua opinião a rejeição de Doria é "injusta".
De acordo com o governador, o PSDB tem uma grande responsabilidade nas eleições de 2022 de apresentar uma candidatura de terceira via "viável". "Assim, impedir que no ano que vem forcemos na eleição uma nova edição de um segundo turno que nós não desejamos, entre PT e Bolsonaro", disse Leite.
O gaúcho ressaltou manter conversas com outros nomes de fora da polarização, como o ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro (Podemos), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Mais cedo, Doria disse que buscará esses pré-candidatos se escolhido nas prévias tucanas. "Eu não preciso buscar, porque sempre tive diálogo com essas candidaturas, porque sempre deixei claro que não se trata de projeto pessoal", afirmou Leite, voltando a sinalizar que poderia abrir mão da cabeça de chapa. "Se ficar comprovado que outro nome possa melhor liderar isso, não tem problema".
Questionado sobre a possibilidade de indicar um "posto Ipiranga", o pré-candidato afirmou que é o governante quem exerce o comando. "Tenho absoluta tranquilidade de poder recrutar melhores para áreas específicas, inclusive na economia, e ao mesmo tempo, exercer comando". Embora tenha dito ainda não ter nomes para a equipe econômica, o gaúcho revelou que "está ouvindo" economistas como Elena Landau, Persio Arida e Armínio Fraga.
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