O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) condenou o ex-prefeito de São Lourenço Natalício Cavalcanti Freitas e o ex-vereador Paulo Gilson Chopinho de Castro Ribeiro, o Chopinho, e outras três pessoas pela prática de "rachadinha" envolvendo cargos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) da cidade.
Na sentença, o juiz Fábio Garcia Macedo Filho, da Vara Criminal da Comarca de São Lourenço, entendeu que os acusados praticaram corrupção ativa, trafico de influência e favorecimento real. Ainda cabe recurso.
De acordo com a investigação, o Ministério Público tomou conhecimento do caso em 2019, mas o esquema ocorreu entre abril e dezembro de 2017.
O então vereador e o ex-prefeito teriam usado a influência para nomear conhecidos no serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) para receber parte dos salários deles e maquiar o esquema fraudulento.
O então vereador e o ex-prefeito teriam usado a influência para nomear conhecidos no serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) para receber parte dos salários deles e maquiar o esquema fraudulento.
“O crime restou evidente, porquanto em conversa nutrida com L.C.S.d.S, autor da notícia crime, W.L.R.J, confessou a prática criminosa em minúcias, conforme a degravação da mídia entregue por aquele na Promotoria de Justiça”, diz trecho da sentença.
Na época, o Ministério Público fez operação e cumpriu três mandados de busca e apreensão. As Policias Civil e Militar recuperaram cerca de R$ 12 mil em dinheiro e 76 cheques de mais de R$ 161 mil.
O ex-vereador Chopinho teve a prisão preventiva decretada, mas fugiu e foi preso em 2019, no Centro-Oeste de Minas. Ele deixou a cadeia no começo do ano passado após um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça, em Brasília (DF) e pelo TJMG.
O ex-vereador Chopinho teve a prisão preventiva decretada, mas fugiu e foi preso em 2019, no Centro-Oeste de Minas. Ele deixou a cadeia no começo do ano passado após um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça, em Brasília (DF) e pelo TJMG.
De acordo com o TJMG, a pena para o ex-prefeito e para o ex-vereador é de 3 anos, 8 meses e 10 dias de reclusão no regime aberto, mas vai ser convertida em pagamento de multa. Ainda cabe recurso.
O que dia a defesa
“De maneira mais respeitosa, a defesa não se conforma com a sentença proferida e já enviou pedido de recurso e aguarda decisão do TJMG”, afirma o advogado de Chopinho, Eduardo Bittencourt Ferreira.
A reportagem conversou com Chopinho para entender o caso. Ele disse que não tem provas que o condene e tudo não se passa de perseguição política.
“Já entramos com recurso. De maneira nenhuma tem prova conclusiva, como comprovante bancário, escuta telefônica. E os que deram depoimento são falsos, mentirosos e faltaram com a verdade. Eles fizeram isso por pressão do promotor. Simplesmente, isso é perseguição política”, disse Chopinho por telefone.
Também por telefone, o ex-prefeito disse que acredita que a inocência dele será provada.
“Foi feito recurso, não tem nada comprovado. Eu nunca trabalhei no Saae e todos negaram. Eu acredito na Justiça e estamos aguardando a decisão do recurso do Superior. Acredito na minha inocência”, ressalta Natalício.
“Foi feito recurso, não tem nada comprovado. Eu nunca trabalhei no Saae e todos negaram. Eu acredito na Justiça e estamos aguardando a decisão do recurso do Superior. Acredito na minha inocência”, ressalta Natalício.