As prévias do PSDB terminaram com o governador de São Paulo, João Doria, declarado pré-candidato do partido à presidência da República. Em Minas Gerais, o diretório estadual declarou apoio ao governador gaúcho, Eduardo Leite, que terminou em segundo.
Um dos poucos dissidentes foi o deputado federal mineiro Domingos Sávio, que declarou voto no político paulista. Agora, o parlamentar faz coro aos participantes da eleição interna e crê que o momento pede convergência na busca pela elaboração de um projeto nacional.
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Derrotado, Eduardo Leite parabeniza Doria por vitória nas prévias do PSDBPresidenciável, Doria chama governo federal de 'genocida' e mira PSDB unidoJoão Doria, governador de SP, vence as prévias do PSDB à presidênciaALMG: Recuperação Fiscal vai pautar sabatina a secretário de FazendaSávio avalia que o partido pode, com Doria, oferecer opção à polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele foi uma das poucas lideranças presentes ao evento do governador de SP no estado, no início de outubro.
Em compensação, o convescote organizado para Leite, alguns dias depois, teve a presença massiva de parlamentares. Entre eles, Paulo Abi Ackel, deputado federal e presidente do PSDB em Minas Gerais. Passada a contenda, ele desejou sucesso a Doria, escolhido por 53,99% dos filiados.
"Parabenizo a todos os que estiveram conosco nessa caminhada democrática e agradeço a participação de militantes, vereadores, vice-prefeitos e prefeitos, bem como aos nossos deputados estaduais e federais de Minas.Todos contribuíram para fazermos o PSDB mineiro ainda mais forte. Concluída essa jornada, desejo êxito ao agora candidato oficial do PSDB à Presidência da República, o governador paulista João Doria", afirmou.
Eduardo Leite era o preferido de muitos mineiros, como Rodrigo de Castro, líder do partido na Câmara dos Deputados, e Aécio Neves, também parlamentar federal. Pimenta da Veiga, ex-prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente nacional, também não escondeu o voto no gaúcho. No fim, ele ficou com 44,66%. Arthur Virgílio, o terceiro concorrente, chegou a 1,35%.
Em Minas Gerais, antes das prévias, houve reações duras a Doria. Além de acusações de tentativas de pressionar prefeitos, ocorreram críticas pelo tratamento dispensado a um líder do interior do estado em um evento da campanha rumo às prévias. Aécio chegou a afirmar, por exemplo, que a vitória do gaúcho poderia levar o PSDB a um "isolamento".
No plano nacional, discurso é similar
As falas sobre a necessidade de unir o partido após o placar final das prévias também deram o tom dos discursos de Doria e Leite. O vencedor afirmou, inclusive, que os oponentes são seus amigos. "Estaremos unidos na construção do melhor projeto para o Brasil", assegurou."Estarei onde entenderem que devo estar. Se for liderando um projeto, me sinto pronto para liderar os projetos que me confiarem a liderança. Se for para ser militante, ajudando, construindo e fazendo campanha, estarei lá. Mas podem ter certeza: não irei me omitir", garantiu Eduardo Leite.