O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) foi criticado nas redes sociais nesta quarta-feira (1/12) pela defesa à indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar defendeu que temas ligados à religião de Mendonça, presbiteriano, fiquem de fora da sabatina realizada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal.
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"O indicado usou do cargo de Ministro da Justiça para silenciar a oposição política. Usou a sua orientação religiosa como plataforma de indicação para um cargo do judiciário (leia-se: laico). Não permita o aparelhamento ainda mais profundo do STF", rebateu o jurista Caio Machado, mestre em Direito e Ciências Sociais.
Um tuíte de Mendonça, escrito em dezembro do ano passado, também foi lembrado por pessoas que questionaram a opinião de Vieira.
"Respeito os homossexuais. Aliás, respeito é um princípio cristão! Contudo, isso não significa que o cristão deva concordar ou não possa questionar o homossexualismo com base em suas convicções religiosas. O próprio STF assim reconheceu. Os direitos às liberdades de expressão e religiosa são inalienáveis!", escreveu ele, ao defender o fim do que chamou de "perseguição" à cantora gospel Ana Paula Valadão, criticara por declarações de teor homofóbico.
Depois da sabatina de Mendonça na CCJ, o nome dele segue para apreciação no plenário do Senado Federal. Antes do agendamento da sabatina, Alessandro Vieira chegou a acionar o STF para que o presidente do comitê, Davi Alcolumbre (DEM-AP), marcasse a inquirição.
A relatora é Eliziane Gama (Cidadania-MA). Ela encaminhará ao plenário um parecer com suas considerações sobre o indicado. O documento vai nortear o voto do conjunto de senadores.