"Na mesma medida em que questões religiosas devem ficar fora da indicação para o STF, devem também ficar fora da sabatina, salvo hipótese de fanatismo, o que não é o caso. São dois requisitos constitucionais: notório saber jurídico e reputação ilibada. Entendo que o indicado os cumpre", escreveu Vieira, ao tratar de Mendonça, indicado à Suprema Corte pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na mesma medida em que questões religiosas devem ficar fora da indicação para o STF, devem tb ficar fora da sabatina, salvo hipótese de fanatismo, o que não é o caso. São 2 requisitos constitucionais: notório saber jurídico e reputação ilibada. Entendo que o indicado os cumpre.
%u2014 Senador Alessandro Vieira (@Sen_Alessandro) December 1, 2021
Nas respostas ao senador, internautas questionaram sobre a dita "reputação ilibada" de André Mendonça, ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União.
"O indicado usou do cargo de Ministro da Justiça para silenciar a oposição política. Usou a sua orientação religiosa como plataforma de indicação para um cargo do judiciário (leia-se: laico). Não permita o aparelhamento ainda mais profundo do STF", rebateu o jurista Caio Machado, mestre em Direito e Ciências Sociais.
O indicado usou do cargo de Ministro da Justiça para silenciar a oposição política. Usou a sua orientação religiosa como plataforma de indicação para um cargo do judiciário (leia-se: laico).
%u2014 Caio C. V. Machado (@caiocvm) December 1, 2021
Não permita o aparelhamento ainda mais profundo do STF.
Um tuíte de Mendonça, escrito em dezembro do ano passado, também foi lembrado por pessoas que questionaram a opinião de Vieira.
"Respeito os homossexuais. Aliás, respeito é um princípio cristão! Contudo, isso não significa que o cristão deva concordar ou não possa questionar o homossexualismo com base em suas convicções religiosas. O próprio STF assim reconheceu. Os direitos às liberdades de expressão e religiosa são inalienáveis!", escreveu ele, ao defender o fim do que chamou de "perseguição" à cantora gospel Ana Paula Valadão, criticara por declarações de teor homofóbico.
Contudo, isso não significa que o cristão deva concordar ou não possa questionar o homossexualismo com base em suas convicções religiosas. O próprio STF assim reconheceu. Os direitos às liberdades de expressão e religiosa são inalienáveis!!!
%u2014 André Mendonça (@AmendoncaAGU) December 3, 2020
Depois da sabatina de Mendonça na CCJ, o nome dele segue para apreciação no plenário do Senado Federal. Antes do agendamento da sabatina, Alessandro Vieira chegou a acionar o STF para que o presidente do comitê, Davi Alcolumbre (DEM-AP), marcasse a inquirição.
A relatora é Eliziane Gama (Cidadania-MA). Ela encaminhará ao plenário um parecer com suas considerações sobre o indicado. O documento vai nortear o voto do conjunto de senadores.