Ex-ministro da Justiça André Luiz de Almeida Mendonça enfim encerrou o périplo em busca de concretizar sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), o pastor presbiteriano recebeu o aval dos integrantes do Senado Federal nesta quarta-feira (01/12), em plenário. Horas antes, havia conseguido a aprovação da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa.
Aos 48 anos, Mendonça era advogado-geral da União quando, em abril do ano passado, entrou de vez nos holofotes. À época, assumiu o Ministério da Justiça e Segurança Pública na vaga de Sergio Moro, ex-juiz da Lava-Jato, que deixou o governo atirando contra o presidente e falando em tentativa de interferência no trabalho da Polícia Federal (PF).
Mendonça se tornou chefe da AGU em novembro de 2018, quando o presidente montava os escalões de seu governo. Em março deste ano, voltou ao posto, em meio a uma das reformas ministeriais promovidas por Bolsonaro.
Servidor de carreira da Advocacia-Geral, André Mendonça foi sugerido como substituto de Marco Aurélio Mello no Supremo atendendo ao desejo de Bolsonaro de ter, na corte, um ministro "terrivelmente evangélico". A indicação foi feita em julho, mas posta em "banho maria" por quatro meses, até o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP), agendar a sabatina, primeiro passo do rito oficial de escolha de um magistrado do STF.
Para viabilizar a indicação, o advogado visitou gabinetes de senadores. Além do aceno da bancada evangélica do Senado, se fortaleceu ao receber apoios de lideranças religiosas. No Senado, no entanto, Mendonça fez discurso calcado no respeito à Constituição e na defesa do Estado laico. Ele prometeu, ainda, zelar por direitos como o casamento LGBTQIA .
"Na vida, a Bíblia; no Supremo, a Constituição'', disse ele, ao resumir como pretende atuar no Tribunal.
André Mendonça ganhou a simpatia de Bolsonaro, mas tem precisado lidar com polêmicas. Um tuíte dele em defesa da cantora gospel Ana Paula Valadão, que teceu falas homofóbicas em dezembro do ano passado, é sempre muito lembrado por internautas. O caso chegou a ser alvo de questionamento de Rogério Carvalho (PT-SE) durante a sabatina.
"Respeito os homossexuais. Aliás, respeito é um princípio cristão! Contudo, isso não significa que o cristão deva concordar ou não possa questionar o homossexualismo com base em suas convicções religiosas. O próprio STF assim reconheceu. Os direitos às liberdades de expressão e religiosa são inalienáveis!", escreveu Mendonça, em dezembro passado, ao defender o fim do que chamou de "perseguição" contra Valadão.
No plenário do Senado, Mendonça conseguiu 47 votos; houve 32 manifestações contrárias.
Aos 48 anos, Mendonça era advogado-geral da União quando, em abril do ano passado, entrou de vez nos holofotes. À época, assumiu o Ministério da Justiça e Segurança Pública na vaga de Sergio Moro, ex-juiz da Lava-Jato, que deixou o governo atirando contra o presidente e falando em tentativa de interferência no trabalho da Polícia Federal (PF).
Mendonça se tornou chefe da AGU em novembro de 2018, quando o presidente montava os escalões de seu governo. Em março deste ano, voltou ao posto, em meio a uma das reformas ministeriais promovidas por Bolsonaro.
Servidor de carreira da Advocacia-Geral, André Mendonça foi sugerido como substituto de Marco Aurélio Mello no Supremo atendendo ao desejo de Bolsonaro de ter, na corte, um ministro "terrivelmente evangélico". A indicação foi feita em julho, mas posta em "banho maria" por quatro meses, até o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP), agendar a sabatina, primeiro passo do rito oficial de escolha de um magistrado do STF.
Para viabilizar a indicação, o advogado visitou gabinetes de senadores. Além do aceno da bancada evangélica do Senado, se fortaleceu ao receber apoios de lideranças religiosas. No Senado, no entanto, Mendonça fez discurso calcado no respeito à Constituição e na defesa do Estado laico. Ele prometeu, ainda, zelar por direitos como o casamento LGBTQIA .
"Na vida, a Bíblia; no Supremo, a Constituição'', disse ele, ao resumir como pretende atuar no Tribunal.
Histórico
André Mendonça ganhou a simpatia de Bolsonaro, mas tem precisado lidar com polêmicas. Um tuíte dele em defesa da cantora gospel Ana Paula Valadão, que teceu falas homofóbicas em dezembro do ano passado, é sempre muito lembrado por internautas. O caso chegou a ser alvo de questionamento de Rogério Carvalho (PT-SE) durante a sabatina.
"Respeito os homossexuais. Aliás, respeito é um princípio cristão! Contudo, isso não significa que o cristão deva concordar ou não possa questionar o homossexualismo com base em suas convicções religiosas. O próprio STF assim reconheceu. Os direitos às liberdades de expressão e religiosa são inalienáveis!", escreveu Mendonça, em dezembro passado, ao defender o fim do que chamou de "perseguição" contra Valadão.
No plenário do Senado, Mendonça conseguiu 47 votos; houve 32 manifestações contrárias.