O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) oficializou nesta quinta-feira, 2, a candidatura ao governo da Bahia, em evento no Centro de Convenções de Salvador. Políticos de todo o Estado e membros do futuro União Brasil - que se formará a partir da fusão do DEM, de Neto, e o PSL - fizeram parte do evento. Pelo DEM, estiveram o governador de Goiás Ronaldo Caiado e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. Presidente do PSL, Luciano Bivar representou a sigla.
"Estamos fazendo uma festa do União Brasil", disse Neto a jornalistas. O atual presidente do DEM e futuro secretário da nova sigla tem o desafio de impedir a quinta eleição consecutiva no PT no Estado. O nome que a sigla deve levar é a do ex-governador Jaques Wagner, o mesmo que derrubou a sucessão de vitórias do PFL e aliados na Bahia pela primeira vez, em 2006.
No discurso, Neto centrou suas críticas ao atual governo do PT, a Wagner e resgatou o famoso jingle "ACM, meu amor", feito para o seu avô, Antônio Carlos Magalhães.
Apoio na eleição presidencial
Nenhuma das lideranças do União Brasil asseguraram apoio a algum candidato para a eleição presidencial em 2022. O presidente Luciano Bivar desconversou sobre a possibilidade de que Mandetta seja o nome do partido para a disputa. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, disse que o partido ainda está "em momento de consolidação" e que o nome virá depois de janeiro. Membros projetam a finalização dos trâmites para a formalização do partido para fevereiro.
O evento oficial da pré-candidatura de Neto veio no mesmo dia em que o ex-aliado, o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), - candidato que tem o aval do presidente Jair Bolsonaro para a disputa ao governo estadual - anunciou ao Estadão o plano de ser candidato ao governo da Bahia em 2022.
Segundo Roma, o apoio do Partido Liberal (PL) a sua candidatura foi um dos temas discutidos por Bolsonaro com a direção da sigla, antes de assinar a ficha de filiação, na terça-feira, 30. No Estado, o PL compõe a base do governador Rui Costa e estava em negociações com Neto.
Questionado sobre a possível disputa com Roma, Neto disse não querer "fulanizar", mas adicionou que "não há mais retrato do passado do que achar que alguém virá de fora e resolver a eleição na Bahia. Isso vale para Bolsonaro e Lula".