Em imagens divulgadas pela revista Crusoé, o deputado Josimar de Maranhãozinho (PL-MA), do mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro (PL), aparece manuseando maços de dinheiro apontados como produto direto de esquema envolvendo emendas parlamentares.
De acordo com a revista, o flagrante feito pela Polícia Federal (PF) aconteceu em outubro do ano passado, no escritório político de Maranhãozinho.
A suspeita é de que parlamentares cobram comissão para indicar recursos do “orçamento secreto'' a uma determinada prefeitura. O dinheiro seria pago por empresas interessadas nas obras e serviços ou pelo próprio agente público.
A investigação prosseguiu, e, um dia após o evento de filiação do presidente ao PL, ocorrida na terça-feira (30/11), e no qual o deputado compareceu, Maranhãozinho foi alvo de uma segunda ação da PF, na quarta-feira (1º/12).
A autorização para execução da ação partiu da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), relatora do caso das emendas do relator, o orçamento secreto.
De acordo com investigações da PF, a relação de parentesco e ligações pessoais de Maranhãozinho com prefeitos e secretários municipais fazem parte do modus operandi para desvio de dinheiro em áreas como saúde e infraestrutura.
Há pelo menos dois inquéritos sigilosos abertos no Supremo para apurar o esquema, batizado de “feirão das emendas” por deputados e assessores.
O deputado é ex-prefeito do município de Maranhãozinho e lidera o diretório maranhense do Partido Liberal. Depois de dois mandatos como deputado estadual, foi eleito para uma cadeira no Congresso Nacional com votação recorde. Ele é pré-candidato ao governo do Maranhão para as eleições do ano que vem.