O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse a apoiadores, nesta quarta-feira (8/12), que "jamais exigiria o passaporte de vacinas". Segundo o chefe do Executivo, a prerrogativa foi dada aos governadores pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e as pessoas não podem querer que ele "resolva todos os problemas". Ontem, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o país não exigirá o comprovante de vacinação contra covid-19 para viajantes, recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas pedirá, sim, quarentena de cinco dias para quem entra no Brasil.
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Simone Tebet critica Bolsonaro, 'aventureiros' e defende responsabilidade fiscalDocumentos evidenciam luta entre Santini e o DRCI por documentos de extradiçõesSenador Rodrigo Pacheco avaliará troca do índice IGP-M pelo IPCAPresidente da CNA volta atrás sobre apoio a Bolsonaro: 'Questão de momento'''O direito à vida e à liberdade são indissociáveis'', diz QueirogaUma apoiadora de Bolsonaro criticou, no famoso cercadinho do Planalto, o governo do Pará, comandado por Helder Barbalho (MDB), que estaria cobrando o certificado de vacinação e "restringindo a liberdade" das pessoas.
"Eu falo da minha linha: jamais fechei um botequim. Eu jamais vou exigir o passaporte de vacina de vocês. Imaginem se tivesse o Haddad (PT) no meu lugar? Agora, não queiram que a gente resolva todos esses problemas, eles estão com autoridade para tal", afirmou em tom de ironia no famoso cercadinho do Palácio do Planalto.
O presidente ainda continuou o pensamento: "Agora, por ocasião das eleições, cobra a posição do cara de como vai ser o comportamento desse possível candidato no futuro".
Na terça-feira (7), Bolsonaro fez duras críticas à adoção de um passaporte vacinal no país. Durante cerimônia de assinatura dos contratos do leilão no Palácio do Planalto, o chefe do Executivo comparou a medida a uma "coleira" e disse que "prefere morrer a perder a liberdade".