Em coletiva de imprensa virtual da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), o presidente da entidade, João Martins, foi questionado sobre o apoio de setores do agronegócio ao presidente Jair Bolsonaro em manifestações ao longo do ano. No evento, a CNA falou sobre previsões para 2022 e incertezas no cenário econômico.
Em resposta ao site O Antagonista, João Martins disse que "a CNA foi e continuará a ser apolítica. Entendemos que houve algumas manifestações, mas foi questão de momento", afirmou.
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''O direito à vida e à liberdade são indissociáveis'', diz QueirogaBolsonaro diz que ''jamais'' exigirá o passaporte da vacinaSimone Tebet critica Bolsonaro, 'aventureiros' e defende responsabilidade fiscalEm maio deste ano, entidades de produtores rurais nos estados organizaram atos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo fim das medidas de isolamento social adotadas por governadores e prefeitos. Os organizadores afirmaram ter o apoio de mais de 100 sindicatos rurais e pretendem mobilizar manifestantes para se concentrar na Granja do Torto, em Brasília, uma das residências oficiais do presidente.
O presidente da CNA afirmou na coletiva que "cada um de nós pode ter a sua preferência política", mas defendeu que a confederação não se envolve institucionalmente nessas questões. Estamos em uma democracia e, na agropecuária, não pode ser diferente (...), mas eu acho que o setor tem é de preparar o material e mostrar as nossas deficiências."
Martins observou, porém, que " é um diálogo franco, aberto e fácil. Isso facilita as nossas reivindicações. O que nós pedimos deste governo? Temos problemas de escoamento da produção, de infraestrutura. Temos de mudar leis, e temos a Frente Parlamentar , que intermedia essas questões. Com este governo, nossa ligação não é de política partidária, é política classista".