O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o passaporte da vacina, medida aconselhada por especialistas da saúde, nesta quinta-feira (9/12). O chefe do Executivo questionou como poderia validar a medida se nem ele próprio tomou o imunizante. No caso, o presidente optou por não fazê-lo. Ele ainda voltou a defender a liberdade de escolha para receber ou não o imunizante. A declaração ocorreu durante solenidade do Dia Internacional do Combate à Corrupção.
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Na última terça-feira (7), quase um mês após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendar que o governo federal adotasse a exigência do comprovante de vacinação contra a covid-19 para a entrada de viajantes no Brasil, o governo federal contrariou o órgão regulador e indicou que não exigirá o comprovante de imunização.
No entanto, segundo publicado no Diário Oficial da União, passageiros — brasileiros e estrangeiros — devem apresentar teste negativo para a covid-19 e comprovante de vacinação no momento desembarque. Caso contrário, o passageiro deve cumprir quarentena de cinco dias na cidade de destino.
Na mesma data, o presidente repetiu as críticas feitas à adoção de um passaporte vacinal no país e comparou a medida a uma "coleira" e disse que "prefere morrer a perder a liberdade".
Doria
Também na cerimônia de hoje, Bolsonaro alfinetou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que pretendia exigir vacinação para viajantes estrangeiros. O líder do Planalto elogiou ainda a Assembleia Legislativa de Rondônia pela aprovação de um projeto de lei que proíbe a obrigatoriedade do passaporte vacinal.
"Outro governador, aqui da região Sudeste, quer fazer o contrário. E ameaça: ‘Ninguém vai entrar no meu estado’. Meu estado o cacete, porra. E se não tiver vacinado? E nós todos temos que reagir. E reagir como? Protestando contra isso", completou.
Ontem, o presidente voltou a criticar o chamado passaporte da vacina e reforçou que não tomará o imunizante.
"Se eu tomo uma decisão, posso ser contraditado depois, e quem decide, ali na ponta, é o governador e o prefeito. E o STF (Supremo Tribunal Federal) estava ameaçando, via ministro Barroso, exigindo o passaporte. Colocamos o teste e a quarentena, e acho que satisfez. Da minha parte, eu não tomei vacina e não vou tomar vacina. É direito meu. Até porque os efeitos adversos são enormes. É a liberdade", defendeu.