O senador Antonio Anastasia (PSD-MG), eleito como ministro do Tribunal de Contas da União nesta terça, 14, assumirá os processos herdados do ministro Raimundo Carreiro, que deixa a Corte para assumir a embaixada do Brasil em Portugal. Para o biênio 2021-2022, Carreiro era responsável por relatar processos do Ministério da Infraestrutura e da Presidência da República. Os temas serão assumidos por Anastasia.
A saída de Carreiro - que se aposentaria somente em 2023 - foi articulada pelo governo, que queria ter mais um aliado no tribunal. O Palácio do Planalto tem pouca interlocução na Corte. O presidente Jair Bolsonaro tentou mais de uma vez reunir os ministros para fazer uma aproximação, mas não conseguiu.
O cargo de ministro do TCU sempre foi cobiçado por ser vitalício e ter grande influência sobre o mundo político. Na prática, a Corte de Contas é uma espécie de assessoria contábil do Congresso. O tribunal foi responsável, por exemplo, pelo parecer das pedaladas fiscais que sustentaram o pedido de impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). O relator do processo no Senado era justamente Anastasia.
O novo ministro do TCU entrou na política eleitoral em 2006, quando venceu a eleição para vice-governador de Minas na chapa encabeçada por Aécio Neves (PSDB). Comandou o governo de 2010 a 2014 e depois foi eleito para o Senado. Em 2018, tentou voltar ao governo, mas perdeu no segundo turno.
POLÍTICA