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Estado de Minas JUDICIALIZAÇÃO DO LEGISLATIVO

Governador entra na Justiça para anular ato que libera votação sobre IPVA

Governo Estadual entrou com liminar para anular manobra usada pela Assembleia para destravar pauta


15/12/2021 10:20 - atualizado 15/12/2021 10:53

Plenário da ALMG
Votação do projeto está marcada para às 10 horas desta quarta-feira (15) (foto: Edésio Costa/D.A Press/E.M)

O Governo de Romeu Zema (Novo) entrou com um pedido de liminar no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) nesta quarta-feira (15/12) para anular a manobra utilizada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Agostinho Patrus (PV), que destravou a pauta do projeto que congela o IPVA 2022 a níveis de 2020.

No ato, não era necessário votar a proposta de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, que estava trancando a pauta. Caso a liminar seja aceita, a votação do projeto, que tem autoria do deputado Bruno Engler (PRTB), marcada para esta manhã, pode ser anulada.

O governo estadual afirmou em nota que está buscando outras alternativas que não prejudiquem a população. "o Governo de Minas reitera seu compromisso em garantir que o cidadão mineiro não seja impactado pelo reajuste expressivo do IPVA", garantiu.

Confira a nota:

"O Governo de Minas, por meio da Advocacia Geral do Estado (AGE-MG), entra nesta quarta-feira (15/12) com um pedido de liminar no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para a anulação dos atos da Presidência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que alterou os ritos sobre a tramitação em regime de urgência do projeto que autoriza a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal.

 Na avaliação jurídica da AGE, a Assembleia descumpriu a Constituição do Estado e o Regimento Interno da ALMG ao permitir a apreciação de outras propostas legislativas antes da votação do projeto de Recuperação Fiscal. Tanto o artigo 69º de Constituição do Estado quanto o artigo 208º do Regimento da ALMG preveem que os projetos em regime de urgência a pedido do governador deverão "ser incluídos na ordem do dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos".

O Governo de Minas respeita a autonomia da Assembleia nas tramitações legislativas e defende o debate democrático das propostas, mas desde que sejam realizados estritamente dentro das normas jurídicas previstas. A Constituição do Estado e o Regimento da Assembleia existem justamente para promover equilíbrio, justiça e restringir as possibilidades para que outros interesses influenciem as decisões que afetam a vida do povo mineiro. Diante desse impasse, o Governo de Minas reitera seu compromisso em garantir que o cidadão mineiro não seja impactado pelo reajuste expressivo do IPVA. Por isso, os técnicos do Estado estudam outras alternativas administrativas para que a alteração do cálculo do IPVA possa ser realizada mesmo sem uma definição da ALMG."


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