Jornal Estado de Minas

STF

Sem discursos, André Mendonça toma posse como ministro do STF

É sob uma cortina de polêmicas que o ex-advogado-geral da União, ex-ministro e pastor, André Mendonça, assumiu nesta quinta-feira (16/12) a 11ª cadeira do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Com as "bênçãos" do presidente Jair Bolsonaro (PL), Mendonça, o “terrivelmente evangélico", promete exercer um trabalho de cunho ultraconservador e base religiosa. 





Para prestigiar o amigo, Bolsonaro foi obrigado a realizar um teste de COVID-19, já que não possui a carteira de vacinação, obrigatória no evento. Estiveram presentes, também, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), além de outras autoridades e convidados pessoais do novo ministro. 

A cerimônia, restrita a menos de 60 pessoas, foi realizada de forma breve. “A posse é simples e não comporta discurso”, afirmou o ministro Luiz Fux, que presidiu a sessão. O novo ministro pode ficar no STF até 2047. 

Mendonça deve seguir, agora, para um culto de ação de graças, organizado pela Convenção Nacional das Assembleias de Deus Ministério Madureira (Conamad),em Brasília. Tanto o presidente, como a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, confirmaram presença. 





Desafios pelo caminho 


André Mendonça herdará processos sob intensa polarização política. O ministro herdou, de imediato, duas pautas: a primeira, sobre a taxação de grandes fortunas; a segunda dará o voto de desempate no julgamento que analisa se detentas transexuais e travestis têm o direito de optar por cumprir a pena em presídios masculinos ou femininos. 

A expectativa é que ele possa “somar forças” com o também ministro e protegido de Bolsonaro, Kassio Nunes Marques. 
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.  

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