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Estado de Minas VACINAÇÃO

Presidente da Anvisa: 1.600 nomes decidiram sobre vacinação infantil

Antônio Barra Torres volta a defender aplicação da vacina em crianças e defende o trabalho da autarquia: 'Somos legalistas'


17/12/2021 18:39 - atualizado 17/12/2021 19:39

Antônio Barra Torres
Antônio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa (foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Desde a aprovação da vacinação contra a COVID-19  em crianças de 5 a 11 anos, nesta quinta-feira (16/12), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem sido alvo de fortes críticas e tentativas de intimidação por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Sem citar diretamente o nome do líder do executivo, o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, reagiu aos ataques de Bolsonaro durante sua fala na abertura da reunião da diretoria colegiada da autarquia. O encontro foi transmitido ao vivo nesta sexta-feira (17/12). 

Torres defendeu que a decisão não foi tomada de forma isolada e que “mais de 1.600 pessoas", entre especialistas e funcionários, participaram do processo. “Se formos consultar todas as pessoas que contribuíram, direta ou indiretamente, essa lista contaria, por certo, com mais de 1.600 nomes. Todas as nossas atividades estão entrelaçadas e todos são essenciais”, afirmou. 

Torres defende o trabalho do órgão regulamentador, criado há 22 anos. “Nessas duas décadas de trabalho silencioso, outras vacinas e outros medicamentos foram analisados por essa mesma equipe”. 

O diretor enfatiza, ainda, que o órgão “não vacina ninguém” e deixa claro que esta função é do governo federal. “A nossa Agência Nacional não vacina ninguém, não injeta no braço de ninguém a vacina. O gestor do sistema nacional de imunizações é o Ministério da Saúde e, portanto, o governo federal”, pontua. 

Quanto à decisão sobre a vacinação, ele insiste que é um assunto competente aos pais ou responsáveis da criança. 

“Somos legalistas”


Para Torres, o trabalho da Anvisa sempre foi pautado pela lei. “Somos legalistas, somos cumpridores daquilo que a lei determina e temos total tranquilidade em fornecer informações que nos venham a ser solicitadas”. 

O diretor-presidente colocou o órgão e todos os funcionários à disposição da Justiça. Sem falar de Bolsonaro, no entanto, deixou claro o propósito de seu discurso: um recado para o presidente. 

“Rogamos a Deus que, nos aproximando do final deste ano, no mês que o dia 25 nos remonta ao amor, à fraternidade a ao bom entendimento entre o povo, que esse bom entendimento contagie, em um contágio do bem, o coração de todos”, concluiu.  


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