O Partido Verde (PV) aprovou, nesta terça-feira (21/12), o apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República em 2022. O petista deve concorrer ao pleito com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (Sem Partido) como vice.
Além de aprovar Lula, o PV vai apoiar a federação com o PSB, PCdoB e PT.
De acordo com José Luiz Penna, presidente nacional da legenda, a chapa de Lula e Alckmin "representa a frente democrática que vai vencer o autoritarismo, tirando Jair Bolsonaro (PL) da Presidência da República".
A federação foi aprovada por ampla maioria e o partido também aprovou a união com o Partido dos Trabalhadores. Segundo Penna, a participação do PT ainda depende de composições regionais, principalmente em São Paulo e Pernambuco. “Mesmo que não haja a federação com o PT, caminharemos juntos contra o autoritarismo”, afirmou.
Minas
Em Minas Gerais, o PV discute participar de uma frente à esquerda na eleição estadual. No fim de novembro, os verdes participaram de reunião convocada pelo PT para tratar do tema. Representantes de legendas como o PCdoB e o PSOL também estiveram presentes. O grupo debate sobre a viabilidade de lançar um candidato que se oponha ao governador Romeu Zema (Novo) e a Alexandre Kalil (PSD), prefeito de Belo Horizonte.
O presidente do PV mineiro, Osvander Valadão, já afirmou publicamente que Zema "emula" Jair Bolsonaro. "São partidos progressistas. A gente tem agendas em comum, que começa, por exemplo, pelo antibolsonarismo no cenário nacional. E, também, a dificuldade com o governo Zema, que reproduz o método bolsonarista no estado", falou, no último dia 25, data da reunião organizada pelo PT.
A principal figura dos verdes no estado é o deputado Agostinho Patrus, presidente da Assembleia Legislativa. Ferrenho crítico da gestão de Zema, ele é aliado a Kalil. Em determinado momento deste ano, Patrus era, para interlocutores ligados ao grupo político do prefeito, a figura prioritária para ocupar o posto de vice em eventual chapa ao governo.