O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se irritou, nesta quinta-feira (22/12), ao falar sobre a realização de consulta e audiência pública para definir se crianças com 5 a 11 anos devem ser incluídas no Plano Nacional de Imunização (PNI). De acordo com o chefe da pasta da Saúde, os "óbitos de crianças estão dentro de um patamar que não implica decisões emergenciais".
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Bolsonaro sanciona projeto que libera verba do vale-gás'Vou dizer que ele é um corrupto', diz Ciro sobre possível debate com MoroQueixa-crime de Duda Salabert impede porte de armas de Nikolas FerreiracoronavirusbrasilVacinação infantil: consulta pública não permitia opiniões favoráveisQueiroga: pais poderão vacinar filhos contra COVID 'se assim desejarem'Ministério Público pede a suspensão dos direitos políticos de HangLula: 'Banqueiros deveriam vir de joelho conversar com a gente'"Isso favorece que o ministério possa tomar uma decisão baseada na evidência científica de qualidade, na questão da segurança e da eficácia", afirmou, na porta do ministério.
Queiroga afirmou que “grande parte dos leigos” que vão participar da decisão serão "pais e mães que têm o direito de opinar" sobre a vacinação de seus filhos.
"Isso vai ser tratado no âmbito técnico do Ministério da Saúde. Não é eleição, é consulta pública... Não há nada de novo nisso, e foi validado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Não podemos querer usar decisões da Corte de maneira self-service. A decisão do Lewandowski é própria e o ministério a cumprirá", disse Queiroga.
Ainda de acordo com Queiroga, a população não deve ouvir os médicos infectologistas que vão a TV explicar sobre a vacinação. "Não podemos ouvir os especialistas nos canais de televisão. O ministério não se guia por opiniões que são exaradas na TV, embora respeitemos a imprensa e o valor da mídia, que leva informações de qualidade à população", afirmou Queiroga.
Entenda
Na semana passada, a Anvisa autorizou o uso da vacina da Pfizer contra a COVID-19 em crianças no Brasil. A decisão foi divulgada após avaliação técnica do pedido submetido pela farmacêutica em 12 de novembro.
A ação do órgão gerou uma onda de ódio contra a Anvisa e funcionários foram ameaçados pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). O chefe do Executivo federal, durante grande parte da pandemia, se mostrou contra a vacinação, insinuou eficácia das vacinas e até o momento, não recebeu nenhuma dose dos imunizantes.
No Brasil, 301 crianças morreram de COVID-19 desde o início do surto da doença até 6 de dezembro.
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