Jornal Estado de Minas

CORONAVÍRUS

Rede pede ao STF que assegure vacinação de crianças sem necessidade de prescrição

O partido Rede Sustentabilidade pediu, nesta sexta-feira (24/1), ao Supremo Tribunal Federal (STF) que determine ao Ministério da Saúde a disponibilização “imediata” de vacinas contra COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos.




 
 
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A legenda ainda pediu a disponibilização “independentemente de prescrição médica” ou de “qualquer outro obstáculo”.
 
O pedido foi feito em ação apresentada pela Rede em outubro de 2020, relatada pelo ministro Ricardo Lewandowski. Nela, o partido pedia, inicialmente, que o governo federal realizasse todos os procedimentos para a aquisição de vacinas. Agora, a Rede argumenta que é “bastante claro” que o governo Jair Bolsonaro  (PL) quer “boicotar a vacinação infantil no Brasil”.
 
“É de se perceber que o Brasil caminhará na contramão do consenso científico mundial se não ministrar de modo efetivo os imunizantes aprovados pela Anvisa - até o momento, a dose especial da vacina da Pfizer - para o público infantil. E essa parece ser, infelizmente, a escolha do Presidente da República e de seus auxiliares mais diretos, inclusive o ministro da Saúde, que deveria ser a primeira autoridade preocupada em zelar pela saúde de toda a população nacional”, explica.




 
A manifestação da Rede acontece após o Ministério da Saúde determinar a prescrição médica para vacinação de crianças.
 
A consulta pública sobre vacinação de crianças de 5 a 11 anos teve início na noite de quinta-feira (23/12). De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a pesquisa servirá para a população e pais dos menores. 
 
Mais cedo, Bolsonaro afirmou ter participado do questionário. “Eu preenchi, como cidadão. Eu dei minha opinião lá”, declarou o presidente durante conversa com a imprensa no Palácio da Alvorada.
 
Até o momento, o governo Bolsonaro não vem incentivando a vacinação. O presidente chegou a deixar de comprar doses, incentivar o uso de medicamentos em eficiência, ironizar imunizantes e não se vacinar. 




 
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Internautas nas redes sociais acusam o ministério de ter formulado as  perguntas seguindo o princípio defendido por Bolsonaro de não obrigatoriedade da imunização e induzir o entrevistado a apoiar medidas. Além disso, o envio do formulário tem apresentado problemas, o que gerou uma série de reclamações dos usuários. 

 

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