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Estado de Minas PANDEMIA

Doria diz que São Paulo vai vacinar crianças mesmo sem aval de ministério

De acordo com o governador, vacinação deve começar o mais rápido possível


28/12/2021 14:55 - atualizado 28/12/2021 15:32

O Governador do Estado de São Paulo, João Doria, fala em palestra
Governador de SP, João Doria (foto: Governo do Estado de São Paulo/Reprodução)
O governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, João Doria (PSDB), afirmou que o plano do estado é iniciar a vacinação da faixa etária de 5 a 11 anos o mais rápido possível, mesmo sem aprovação do Ministério da Saúde.  
 
 
Desde o ínicio da pandemia, Doria trava batalhas com o governo de Jair Bolsonaro (PL) devido a vacinação. O tucano é a favor da imunização de todos os brasileiros, enquanto Bolsonaro chefia uma campanha antivacina, desincentivando a aplicação de doses.

De acordo com Doria, quando o assunto é vacina, a questão não é de "formalização", mas de proteção à população. Ele afirmou que mesmo sem o sinal verde do ministério, confia que o governo paulista terá as vacinas para iniciar a imunização das crianças logo no início de janeiro.
 
"São Paulo vai fazer todos os esforços possíveis para aquisição da vacina para as crianças", declarou o governador.

Vacinação de crianças

 
A vacinação de crianças de 5 a 11 anos virou foco dos debates políticos depois que funcionários da Anvisa sofreram ataques após recomendarem a vacinação. As agressões foram feitas por apoiadores do presidente.

No Brasil, 301 crianças morreram em decorrência da doença desde a chegada do coronavírus até o dia 6 de dezembro, o que, em 21 meses de pandemia, significa 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias.
 
A venda, distribuição e disponibilização da vacina Pfizer contra a COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos foram autorizadas pela Anvisa há uma semana. Por isso, o Ministério da Saúde desenvolveu uma consulta pública para que, segundo eles, pais e responsáveis opinassem sobre o assunto.
 
A consulta entrou no ar na noite de quinta-feira (23/12) e, poucas horas depois, já apresentava problemas. Internautas nas redes sociais acusam o ministério de ter formulado as perguntas seguindo o princípio defendido pelo presidente Bolsonaro de não obrigatoriedade da imunização.
 
Uma decisão final só será tomada pela pasta no dia 5 de janeiro, após o término da consulta pública que está disponível para participação da população em geral, sendo pessoas físicas ou jurídicas.


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