Quem também permanece no governo Zema é Mila Corrêa, diretora-geral da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de BH (Agência RMBH). Originalmente, ela é consultora legislativa da Assembleia, mas foi aprovada no processo seletivo para escolha dos postos-chave da agência.
Eleito vereador de Belo Horizonte pelo Novo no pleito de 2016, Simões foi chamado para o governo Zema em meio a uma reestruturação por causa de crise enfrentada no ano passado. À época, por causa de imbróglio envolvendo reajuste às forças de segurança pública, o então secretário de Governo, Bilac Pinto (DEM), pediu demissão. Igor Eto, titular da secretaria-geral foi deslocado para o posto, e substituído por Simões.
Procurador concursado da Assembleia, Simões é um dos integrantes do alto escalão do Palácio Tiradentes. A pasta chefiada por ele coordena a articulação interna entre as secretarias e órgãos estaduais. O pedido de prorrogação da cessão dele e de Mila foi enviado por Zema à Assembleia em novembro.
O governador tem colecionado desgastes com deputados estaduais. Um dos mais irritados com ele é o presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV). O último capítulo da crise ocorreu ainda neste mês, quando os parlamentares aprovaram congelamento da tabela do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) a níveis pré-pandemia. O Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a ser acionado pela Advocacia-Geral do Estado (AGE), mas manteve a decisão dos deputados.