O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) prega "humildade" ao presidente Jair Bolsonaro, ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e a outras vozes contrárias à aplicação da vacina antiCOVID-19 em crianças. Para Pacheco, o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), balizado por técnicos, é suficiente para permitir a imunização de jovens entre 5 e 11 anos.
Em entrevista exclusiva ao Estado de Minas nesta quarta-feira (29/12), Pacheco defendeu que as autoridades brasileiras passem a falar, imediatamente e em tom uníssono, sobre a necessidade da vacinação infantil.
"Temos que ter a humildade de reconhecer que (para) essas questões técnicas, de medicina, de ciência, há critérios científicos, que não são políticos, estabelecendo qual deve ser o norte", disse.
A reportagem, então, perguntou a Pacheco se o pedido de "humildade" vale, também, para Bolsonaro e Queiroga, dupla que acumula declarações públicas na "mão contrária" à deliberação da Anvisa.
"Vale para todos. Para mim, meus colegas, para a sociedade e todas as instâncias. E, inclusive, para o presidente da República, evidentemente", respondeu.
A autorização da agência reguladora nacional para uso do composto da Pfizer em crianças foi dada no último dia 16. Horas depois, Bolsonaro afirmou ter pedido "os nomes" dos responsáveis pela aprovação. Pacheco, no entanto, endossa a avaliação da Anvisa.
"O que se tem é o reconhecimento da necessidade da vacinação de crianças, sobretudo agora, em que há processo de imunização avançado no Brasil e no mundo. Que se possa, então, priorizar as crianças", observou.
"Peço humildade, como presidente do Congresso Nacional, de ouvir as instâncias do Executivo, a agência reguladora que cuida da matéria e a comunidade internacional. Estabelecendo-se o critério de vacinação de crianças de 5 a 11 anos, vamos seguir nesse caminho. É o caminho que a ciência, a medicina e a técnica estão nos mostrando ser adequado", reforçou o congressista.
A cruzada do governo federal contra a imunização de crianças ganhou novo capítulo nesta quarta, protagonizado por Marcelo Queiroga. A saúde federal, que recomenda a vacinação apenas mediante a apresentação de atestado médico, chegou a abrir consulta pública sobre o tema.
Apesar da recomendação, pelo menos 15 estados apontaram que não vão exigir prescrição médica. Queiroga ainda alegou interferência do poder Executivo estadual nas secretarias. "Governadores falam em prescrição (médica), prefeitos falam em prescrição. Pelo que eu sei, a grande maioria deles não é médico. Então, eles estão interferindo nas suas secretarias estaduais e municipais", rebateu, em Brasília.
Minas Gerais, por exemplo, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), afirmou que vai recomendar a vacinação sem receita. "Em nenhuma outra campanha de imunização houve necessidade de receita médica e, sim, o acompanhamento dos pais ou responsáveis, no caso de menores de idade", informou a pasta.
Há dois dias, o presidente da República garantiu que Laura Bolsonaro, sua filha caçula, de 11 anos, não vai receber o composto da Pfizer.
"Estamos conversando com o Queiroga nesse sentido. Ele, dia 5, deve ditar normas de como é que deve se vacinar crianças. Eu espero que não haja interferência do Judiciário; Espero, porque a minha filha não vai se vacinar - deixar bem claro. Ela tem 11 anos de idade", falou, durante entrevista em Santa Catarina.
Em entrevista exclusiva ao Estado de Minas nesta quarta-feira (29/12), Pacheco defendeu que as autoridades brasileiras passem a falar, imediatamente e em tom uníssono, sobre a necessidade da vacinação infantil.
"Temos que ter a humildade de reconhecer que (para) essas questões técnicas, de medicina, de ciência, há critérios científicos, que não são políticos, estabelecendo qual deve ser o norte", disse.
A reportagem, então, perguntou a Pacheco se o pedido de "humildade" vale, também, para Bolsonaro e Queiroga, dupla que acumula declarações públicas na "mão contrária" à deliberação da Anvisa.
"Vale para todos. Para mim, meus colegas, para a sociedade e todas as instâncias. E, inclusive, para o presidente da República, evidentemente", respondeu.
A autorização da agência reguladora nacional para uso do composto da Pfizer em crianças foi dada no último dia 16. Horas depois, Bolsonaro afirmou ter pedido "os nomes" dos responsáveis pela aprovação. Pacheco, no entanto, endossa a avaliação da Anvisa.
"O que se tem é o reconhecimento da necessidade da vacinação de crianças, sobretudo agora, em que há processo de imunização avançado no Brasil e no mundo. Que se possa, então, priorizar as crianças", observou.
"Peço humildade, como presidente do Congresso Nacional, de ouvir as instâncias do Executivo, a agência reguladora que cuida da matéria e a comunidade internacional. Estabelecendo-se o critério de vacinação de crianças de 5 a 11 anos, vamos seguir nesse caminho. É o caminho que a ciência, a medicina e a técnica estão nos mostrando ser adequado", reforçou o congressista.
Queiroga dispara contra governadores
A cruzada do governo federal contra a imunização de crianças ganhou novo capítulo nesta quarta, protagonizado por Marcelo Queiroga. A saúde federal, que recomenda a vacinação apenas mediante a apresentação de atestado médico, chegou a abrir consulta pública sobre o tema.
Apesar da recomendação, pelo menos 15 estados apontaram que não vão exigir prescrição médica. Queiroga ainda alegou interferência do poder Executivo estadual nas secretarias. "Governadores falam em prescrição (médica), prefeitos falam em prescrição. Pelo que eu sei, a grande maioria deles não é médico. Então, eles estão interferindo nas suas secretarias estaduais e municipais", rebateu, em Brasília.
Minas Gerais, por exemplo, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), afirmou que vai recomendar a vacinação sem receita. "Em nenhuma outra campanha de imunização houve necessidade de receita médica e, sim, o acompanhamento dos pais ou responsáveis, no caso de menores de idade", informou a pasta.
Bolsonaro garantiu: 'Laurinha' não vai se vacinar
Há dois dias, o presidente da República garantiu que Laura Bolsonaro, sua filha caçula, de 11 anos, não vai receber o composto da Pfizer.
"Estamos conversando com o Queiroga nesse sentido. Ele, dia 5, deve ditar normas de como é que deve se vacinar crianças. Eu espero que não haja interferência do Judiciário; Espero, porque a minha filha não vai se vacinar - deixar bem claro. Ela tem 11 anos de idade", falou, durante entrevista em Santa Catarina.