Jornal Estado de Minas

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Viana diz ter sido sondado para liderar governo Bolsonaro no Senado

Vice-líder do governo de Jair Bolsonaro (PL) no Senado Federal e recém-filiado ao MDB, o mineiro Carlos Viana diz ter sido sondado para assumir a liderança do governo no Legislativo. O cargo no Senado está vago desde a renúncia do também emedebista Fernando Bezerra Coelho (PE), em 15 de dezembro.



Ao Estado de Minas, Viana afirmou ainda não ter parado para pensar sobre a sondagem.

"Fui sondado, por exemplo, sobre se aceitaria ser líder do governo. Pedi tempo para responder. Ainda não parei para pensar em profundidade sobre isso . Vai ser um ano muito difícil para o governo", disse.

Pré-candidato ao governo mineiro, o senador sabe que são remotas as chances de o PL acompanhá-lo em eventual participação na disputa ao Palácio Tiradentes. Isso porque a legenda compõe a base aliada ao governador Romeu Zema (Novo). Lideranças liberais, como o deputado estadual Léo Portela, já manifestaram publicamente a intenção de apoiar Zema.

Viana deixou o PSD justamente para buscar espaço em prol de sua candidatura, uma vez que os pessedistas têm apontado o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, como nome natural ao governo.



Antes de firmar acordo com o MDB, sacramentado há pouco mais de uma semana, negociou justamente com o PL. O Podemos, do ex-juiz Sergio Moro, também foi aventado.

"Essa foi, inclusive, uma das dificuldades que impediram minha ida ao PL", assinalou Carlos Viana.

Senador não teme reflexos de relação com Bolsonaro


Na semana passada, o Datafolha divulgou levantamento apontando que a rejeição de Bolsonaro, em termos eleitorais, chegou a 60%. Viana não teme que sua eventual candidatura ao Palácio Tiradentes seja impactada pela relação com o governante nacional.

"Alguém já disse que você tortura os números e eles dizem o que você quer. Se observar bem as pesquisas, são pessoas que já decidiram em quem votar. Quando a gente observa os eleitores que não decidiram o voto, o número é muito grande. Supera 50%", destaca.



Viana tem adotado a linha seguida por outros políticos, como Kalil e Zema, e crê que o eleitorado começará a pensar na ida às urnas apenas a partir do segundo semestre de 2022.

"A questão sobre como se enfrentou a pandemia começa a diminuir o impacto, a não ser que tenhamos uma nova onda. O cenário ainda está totalmente em aberto, até para que pré-candidaturas já postas não se confirmem".

Fernando Bezerra se demitiu da liderança após perder a indicação ao Tribunal de Contas da União (TCU) para o senador mineiro Antonio Anastasia (PSD-MG). Apenas sete dos 81 senadores o escolheram na disputa. Anastasia terminou com 32 votos; Kátia Abreu (PP-TO), recebeu 19 votos.

audima