Na manhã desta segunda-feira (3/1), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a vacinação contra a COVID-19 de crianças entre 5 e 11 anos deve começar na segunda quinzena de janeiro. A expectativa é que as doses pediátricas da Pfizer cheguem ao Brasil no dia 10 deste mês. A data é prevista no contrato assinado com a fabricante.
No dia 27 de dezembro, em nota, a pasta havia se posicionado a favor da vacinação deste público. A declaração contraria o presidente Jair Bolsonaro (PL), que, na contramão da ciência, critica a imunização dessa faixa etária.
O ministério afirmou, ainda, que aguarda os resultados da consulta pública sobre o tema, encerrada ontem. Além disso, uma Audiência Pública será realizada nesta terça-feira (4/11), com o intuito te promover o debate com especialistas na área da saúde.
Por fim, até o dia 5 de janeiro, o ministério da Saúde deve formalizar a decisão e traçar o plano oficial de vacinação. A data segue o prazo estabelecido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para o governo federal divulgar as informações sobre a vacinação infantil.
Vacinação de crianças
Embora já aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e amplamente recomendada pela comunidade científica, o aval da agência reguladora não é o suficiente para que os estados iniciem o plano de vacinação infantil. Uma autorização do governo federal é necessária.
Até o momento, o líder do executivo defende que crianças sejam vacinadas após prescrição médica e com consentimento dos pais ou responsáveis. O presidente, inclusive, declarou publicamente que não vacinará sua filha, Laura Bolsonaro, de 11 anos.
Apesar de divulgar a data de início da distribuição das doses pediátricas, Queiroga, assim como Bolsonaro, defende que a escolha seja dos pais. “Os pais são livres para levar os seus filhos para receber essa vacina”, afirmou.