O presidente Jair Bolsonaro apresentou melhora clínica após colocação de sonda nasogástrica, evoluindo sem febre ou dor abdominal, informou o boletim divulgado pelo Hospital Vila Nova Star na noite desta segunda-feira (3/01). O hospital informou ainda que o chefe do Executivo "fez uma curta caminhada pelo corredor do hospital e permanece em tratamento clínico". Ainda não há avaliação definitiva quanto à necessidade de intervenção cirúrgica.
Conforme protocolo do hospital, Bolsonaro também realizou um exame para detecção de COVID-19, o qual deu negativo.
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Com Bolsonaro hospitalizado, Mourão encerra folga e retorna a Brasília Flávio Bolsonaro diz que pai é 'vítima de mal amados que desejam sua morte"Internautas se dividem nos comentários sobre internação de BolsonaroBolsonaro tem alta após dois dias internadoPresidente inaugura as notícias do ano novoSeguindo a máxima bolsonarista: ema, ema, ema, cada um com seus problemasApós compartilhar uma foto nas redes sociais usando sonda gástrica, o presidente relatou ter passado mal após o almoço do último domingo (2) e disse que faria exames para definir possível cirurgia. O chefe do Executivo informou ainda que aguardava a chegada ao país do médico Antônio Luiz Macedo, responsável pelos cuidados do presidente desde a facada em 2018 e que estava em viagem nas Bahamas.
Macedo deverá chegar na madrugada desta terça-feira (04/01), por volta das 2h. Inicialmente, o médico avaliou que a tendência é de o presidente não necessitar de uma nova cirurgia, mas que a decisão só poderá ser tomada após exame presencial.
Aliados e ministros de Bolsonaro pediram orações e relembraram a facada recebida em 2018 em Juiz de Fora, durante campanha eleitoral. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o pai, "passa bem" e por meio das redes sociais, Flávio disse que o pai é "vítima de mal amados hipócritas desejando sua morte".
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro agradeceu as orações e mensagens de apoio recebidas após a internação do presidente. Ela acompanha o marido e destacou que a internação é consequência da facada recebida pelo chefe do Executivo durante campanha eleitoral em 2018.
Caso confirmado a necessidade de uma nova cirurgia, será a sétima intervenção realizada por Bolsonaro desde a facada. Em julho do ano passado, o presidente deu entrada no Hospital das Forças Armadas (HFA) com dores abdominais e uma crise de soluço persistente. Posteriormente, foi transferido para o Hospital Vila Nova Star em São Paulo para tratar uma obstrução intestinal. Na data, uma nova cirurgia foi aventada, mas não houve necessidade e, quatro dias depois, ele recebeu alta.
A última cirurgia ocorreu em setembro de 2020, para a retirada de um cálculo da bexiga, realizada no hospital Albert Einstein.