O presidente Jair Bolsonaro (PL) se irritou ao ser questionado, ontem, sobre a veracidade da facada que recebeu durante a campanha eleitoral de 2018. Em coletiva de imprensa após receber alta do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, ele afirmou que querem "politizar uma tentativa de homicídio". O chefe do Executivo aproveitou para enfatizar que o caso foi reaberto pela Polícia Federal e disse ser esperado que "aprofunde mais".
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Facada gerou em Bolsonaro "sequela para o resto da vida", diz MichelePF reabre investigação de facada em Bolsonaro e analisará dados de advogado'Agora vai', diz Bolsonaro sobre investigação no caso da facadaQuatro anos depois de facada, Bolsonaro divulga vídeo pós-cirurgiaBolsonaro ataca vacinação infantil e compartilha dado errado sobre mortesQueiroga: 'Michelle Bolsonaro é a mãe de todos os brasileiros'Bolsonaro inicia um já complicado fim de mandato com novo problema de saúdeAs duas apurações anteriores da PF concluíram que Adélio Bispo, principal acusado pela facada, agiu sozinho. Bolsonaro, no entanto, não aceita a versão e diz que a atitude "não foi da cabeça dele (do agressor)". Segundo o presidente, Adélio viajava pelo Brasil, havia muito tempo, mesmo estando desempregado. "Então, no meu entender, não está difícil desvendar esse caso. Agora, vai chegar a gente importante, não tenha dúvidas", frisou. "Não há dúvidas da tentativa de homicídio. Queria estar jogando meu futebol, apesar da idade, queria estar fazendo mais coisas, e não faço."
Bolsonaro negou que tenha politizado a internação, motivada por uma obstrução intestinal — segundo ele, reflexo da facada. "Eu não queria estar aqui. Estava previsto retornar a Brasília na terça-feira. Foi colocada uma sonda gástrica e, em poucos minutos, saíram sucos gástricos. Sobre essa politização, vocês estão de brincadeira comigo. Doutor Macedo tem sua honra, e eu tenho a minha. Nós temos muito a zelar", sustentou, numa referência a seu médico pessoal, Antônio Luiz Macedo.