O presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou, nesta quinta-feira (06/01) mais uma live com apoiadores pelas redes sociais. Nesta, que foi a primeira transmissão ao vivo após os dois dias internado por conta de uma obstrução intestinal, o chefe do Executivo fez declarações em tom crítico à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e realizou alertas que desestimulam a vacinação da população pediátrica.
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Bolsonaro ataca vacinação infantil e compartilha dado errado sobre mortesBolsonaro volta atacar imprensa: 'Porcarias'Parlamentares apoiam nota em que presidente da Anvisa cobra BolsonaroFábio Baccheretti: 'Falta a população entender que o reforço é fundamental'Bombeiros e policiais militares inativos de MG serão designados 'veteranos'Bolsonaro sustenta a pedagogia do mau exemplo na campanha antivacinasBia Kicis divulgou dados de médicos que defenderam vacinação infantilAlém disso, leu as recomendações realizadas pela agência reguladora a respeito de possíveis reações adversas à vacina, ressaltando que a fabricante não se responsabiliza por eventuais efeitos adversos. “Você já imaginou seu filho de 5 anos de idade, 7 ou 8, sentir dor no peito. Falta de ar, ou palpitações: a orientação é procurar imediatamente um médico. Pai e mãe estão cientes da responsabilidade de vocês em vacinar ou não os seus filhos”, alertou, em um claro discurso antivacina.
Em seguida, pediu que a equipe que estava presente na transmissão ‘levantasse a mão quem tomou a vacina’, e informou: “dos dez aqui presentes, sete não tomaram vacina. Os três que tomaram não vão tomar dose de reforço”, relatou.
Após mencionar as informações relacionadas à vacinação, Bolsonaro disse, em tom crítico. “A Anvisa virou outro poder no Brasil. É a dona da verdade, dona de tudo. Agora já falam até em terceira dose para crianças de 5 a 11 anos”.
Quando questionado pelos internautas sobre seu estado de saúde e os cuidados que terá a partir de agora, o chefe do Executivo disse que “tomou muita bronca da esposa” e de seu médico, Antônio Luiz Macedo, que acompanha o presidente desde 2018. “Não posso garantir que não vou tomar um caldo de cana e comer um pastel. Sei que se tiver alguma nova cirurgia sei que complica a situação, mas não vou deixar de viver”, concluiu.