O pastor evangélico Silas Malafaia acabou sendo punido pelo Twitter na manhã desta terça-feira (11/1) com a retirada de um post onde o líder religioso classifica como "infanticídio'' a aplicção da vacina contra a COVID-19 em menores de idade.
Na noite dessa segunda-feira (10/1), a hashtag #DerrubaMalafaia foi para a lista de assuntos mais comentados do Twitter no Brasil.
Usuários da rede social, incentivados pelo perfil "Desmentindo Bolsonaro", cobram a retirada do vídeo como punição ao pastor bolsonarista pelo assunto postado sem nenhuma comprovação científica.
Antivacina
Seguindo o discurso ideológico do presidente Jair Bolsonaro (PL), Malafaia postou um vídeo associando a vacinação infantil a assassinato, afirmando ainda que "não existiram casos suficientes de COVID em crianças que justifiquem uma campanha de imunização".De acordo com nota da Sociedade Brasileira de Pediatria, divulgada no último dia 24/12, cerca de 2,5 mil crianças já haviam morrido de COVID no Brasil até aquela data.
"Infelizmente, as taxas de mortalidade e de letalidade em crianças no Brasil estão entre as mais altas do mundo. Até o momento, a COVID-19 vitimou mais de 2.500 crianças de zero a 19 anos, sendo mais de 300 delas confirmadas no grupo de 5-11 anos, causando ainda milhares de hospitalizações", destaca trecho da nota.
Regras do Twitter
O Twitter, em suas regras, veda não só a divulgação de fake news, como fez Malafaia, como também possui uma política específica voltada para publicações relacionadas à COVID-19.
"Você não pode usar os serviços do Twitter para compartilhar informações falsas ou enganosas sobre a COVID-19 que possam causar danos", lembra a plataforma aos seus usuários.