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Estado de Minas APOIO ENFRAQUECIDO

Jair Bolsonaro já não encanta mais os militares

Blog da Denise, do Correio Braziliense, afirma que Presidente começou relação com militares em 2022 com o pé esquerdo


11/01/2022 09:59 - atualizado 11/01/2022 10:32

Bolsonaro com os comandantes militares
Bolsonaro com os comandantes militares (foto: Ministério da Defesa/ reprodução)

 

"Militares reconhecem que há insatisfação no alto escalão" com o governo Bolsonaro. A informação é da jornalista Denise Rothenburg, publicada hoje no Correio Braziliense.

Segundo Rothenburg, 'em conversas reservadas', militares afirmam que "a carta de [Antônio] Barra Torres [presidente da Anvisa, cobrando de Bolsonaro provas contra acusação de corrupção] ajuda a equilibrar a imagem dos militares depois da subserviência com que agia Eduardo Pazuello no cargo de ministro da Saúde".

- Leia: Bolsonaro nega ter acusado presidente da Anvisa de corrupção. 
- Mais: Após nota de presidente da Anvisa, Bolsonaro fica sem reação 
- E ainda: Exército resiste à pressão de Bolsonaro contra vacinação da tropa 

 

Ainda segundo o Blog da Denise, "Jair Bolsonaro abriu o ano com o pé esquerdo no meio militar. Nestes primeiros dias de 2022, o comandante do Exército, general Paulo Sérgio, e o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, que é da Marinha, mandaram, cada qual à sua maneira, um duro recado ao presidente Jair Bolsonaro."

E explica: "Paulo Sérgio mandou os militares tomarem vacina e parar de espalhar notícias falsas sobre imunizantes. A carta do diretor da Anvisa, amplamente divulgada no fim de semana, foi a mais dura manifestação de um funcionário de Estado ao presidente da República: agora, ou Bolsonaro manda investigar Barra Torres e a Anvisa, ou se retrata por ter levantado suspeitas sobre o que estaria por trás da insistência por vacinas contra a covid. O presidente, entretanto, não fará nem uma coisa nem outra".


A insatisfação dos militares com o governo, porém, afirma Denise Rothenbur, "não chega ao ponto de migrar para o outro extremo do espectro político. Num segundo turno entre Lula e Bolsonaro, muitos hoje insatisfeitos com o atual presidente da República ficam com Bolsonaro".

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