O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, anunciou, nesta terça-feira (11/01), que protocolou um requerimento para abertura de uma nova CPI.
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Fabio Faria acusa Allan dos Santos de tentar causar crise entre PoderesChuvas: ministros da Cidadania e Meio Ambiente sobrevoam cidades de MinasJair Bolsonaro já não encanta mais os militaresCiro Gomes volta a desafiar Moro: 'Vai ficar feio você fugir'De acordo com Randolfe, essa CPI deve investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia da COVID-19 no Brasil a partir de novembro de 2021.
Caso seja aprovada, nova CPI terá como foco:
- Atraso e insuficiência na vacinação infantil;
- A insuficiência de provisão para doses de reforço em 2022;
- Os ataques do presidente da República aos técnicos da Anvisa e à vacinação da população adulta e infantil;
- A insuficiência da política de testagem; e o apagão de dados do Ministério da Saúde com as suas consequências no correto monitoramento da evolução da pandemia.
"Não iremos assistir de braços cruzados a continuação da tragédia brasileira! Se a PGR não cumpre seu papel, o Senado vai cumprir. Não iremos ficar calados diante do aumento de casos de COVID-19, da disseminação da ômicron e a sabotagem da vacinação das crianças", escreveu o senador nas redes sociais.
De acordo com Randolfe, não é aceitável, diante de "tamanha irresponsabilidade", os congressistas ficarem inertes.
"Não é aceitável nós assistirmos impávidos o PGR não tomar nenhum tipo de providência. Diante desses acontecimentos, só resta ao Parlamento um remédio: a CPI", afirmou.
"Não é aceitável nós assistirmos impávidos o PGR não tomar nenhum tipo de providência. Diante desses acontecimentos, só resta ao Parlamento um remédio: a CPI", afirmou.
Ainda segundo Randolfe, o Brasil precisa de instrumento para pressionar "os criminosos que estão na Presidência".
A primeira CPI
A CPI da COVID chegou ao fim em outubro de 2021, na véspera de completar seis meses de atividades. O texto aprovado como relatório final foi escrito pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) e recomenda o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (PL) pela prática de nove infrações.
Além de Bolsonaro, três filhos do presidente não foram poupados pelo relator, que os acusou da prática de incitação ao crime: o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Além deles, Renan Calheiros identificou infrações penais cometidas por duas empresas, a Precisa Medicamentos e a VTCLog, e por outras 74 pessoas. Entre elas, deputados, empresários, jornalistas, médicos, servidores públicos, ministros e ex-ministros de Estado.