O Parlamento da Itália ganhou nesta quarta-feira (12) mais um representante da comunidade ítalo-brasileira.
Após o parecer positivo de uma comissão, a presidente do Senado, Elisabetta Casellati, proclamou a entrada de Fabio Porta no lugar de Adriano Cario, que teve seu mandato cassado no fim de 2021 por fraude eleitoral.
Em pronunciamento no plenário, Casellati disse que sua decisão se baseia na deliberação adotada em 16 de dezembro pelo Comitê Eleitoral do Senado, determinando que o assento de Cario ficasse com Porta.
Nascido em Caltagirone, na região da Sicília, Porta tem 58 anos e construiu sua carreira política como representante da comunidade ítalo-brasileira, que já contava com dois integrantes no Parlamento italiano: os deputados Luis Roberto Lorenzato, da legenda de ultradireita Liga, e Fausto Longo, do grupo misto.
Porta pertence ao Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, e já havia sido deputado por uma década. Nas eleições de 2018, tentou alçar um voo maior com uma candidatura ao Senado pela circunscrição da América do Sul - a Itália elege parlamentares para representar cidadãos que vivem no exterior -, porém acabou a disputa em terceiro lugar.
Na ocasião, foram eleitos pela América do Sul os senadores Ricardo Merlo, com base na Argentina, e Adriano Cario, do Uruguai. No entanto, uma investigação do Ministério Público de Roma comprovou, por meio de perícias caligráficas e análises químicas de tintas, que milhares de cédulas com voto em Cario foram preenchidas pelas mesmas mãos - o voto no exterior é feito pelos correios.
Os resultados da investigação foram encaminhados ao Senado, que, no início de dezembro, cassou o mandato do parlamentar por 132 votos a favor e 126 contra. Com seu assento garantido, Porta terá pouco mais de um ano de mandato, já que a atual legislatura está prevista para acabar em março de 2023. (ANSA)