Durante um evento realizado em Brasília, que marcou o lançamento de linhas de crédito para pescadores, o presidente Jair Bolsonaro (PL) mais uma vez desconsiderou o alto número de mortes e casos de COVID-19 no Brasil desde o início da pandemia e teceu elogios às ações do governo no período.
O presidente enalteceu a atuação do Palácio do Planalto, principalmente na condução da economia.
“Ninguém quase conseguiu no mundo todo fazer o que nós fizemos. Evitamos um caos no Brasil”, afirmou o presidente.
“E se existisse um caos no Brasil de âmbito nacional, outros países poderiam meter o pé aqui dentro, como vêm metendo o pé em outros países da América do Sul”, acrescentou Bolsonaro.
Bolsonaro citou a criação do Auxílio Emergencial “para evitar saques dos brasileiros aos supermercados”, além de valorizar outros programas, como o Pronampe, que beneficiou empresários durante o período de fechamento da economia.
Ômicron bem-vinda
Nesta quarta-feira (12/1), o presidente sugeriu que a variante Ômicron do coronavírus, que tem gerado um aumento de infecções e da procura por testes de COVID-19 no País, é "bem-vinda" e pode sinalizar o fim da pandemia.
"A Ômicron, que já espalhou pelo mundo todo, como as próprias pessoas que entendem de verdade dizem, ela tem uma capacidade de se difundir muito grande, mas de letalidade muito pequena", afirmou o chefe do Executivo, em entrevista ao site "Gazeta Brasil", que o apoia. "Dizem até que seria um vírus vacinal. Algumas pessoas estudiosas e sérias e não vinculadas a farmacêuticas, dizem que a Ômicron é bem-vinda e pode, sim, sinalizar o fim da pandemia", acrescentou.
A constatação não foi bem recebida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que repudiou a declaração por meio do diretor-geral Mike Ryan.