Após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmar que pretende fazer mudanças na reforma trabalhista aprovada pelo governo Temer (MDB), o presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu em defesa da medida e apontou que "mente quem fala que a reforma trabalhista retirou direito do trabalhador".
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Bolsonaro: 'poderio ditatorial' nas redes sociais favorece esquerdaBolsonaro diz que vai vetar jogos de azar caso PL seja aprovado Com cara de assustado, William Bonner debocha de pedido de prisão Em 2016, Moro disse que 'jamais' seria político: 'Tenho outro perfil'Bolsonaro nega ser antivacina: 'Fiz a coisa certa durante a pandemia'"O governo Temer fez uma pequena reforma trabalhista. Não tirou direito de nenhum trabalhador. Mente quem fala que a reforma trabalhista do Temer retirou direito de trabalhador, até porque os direitos estão lá no art. 7º da nossa Constituição; não podem ser alterados", alegou durante entrevista à Rádio Viva FM de Vitória (ES).
"Foi uma flexibilização, deu um impulso, no governo Temer, essa reforma. Tanto é que tivemos já um saldo positivo no governo Temer", completou.
Nos últimos dias, Lula e alas do PT, como a presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR), defenderam nas redes sociais a completa revogação da reforma trabalhista. "Está na hora de revogar o que deu errado: Lei do Teto, a reforma que não gerou empregos, política de preços dos combustíveis. Deter a privatização selvagem e rever os contratos lesivos ao país", declarou Hoffmann.
"É importante que os brasileiros acompanhem de perto o que está acontecendo na Reforma Trabalhista da Espanha, onde o presidente Pedro Sanchez está trabalhando para recuperar direitos dos trabalhadores", escreveu Lula.
Preocupado com o posicionamento do ex-presidente Lula em defesa da revogação da reforma trabalhista, Geraldo Alckmin (sem partido) avalia descartar a aliança com o petista para o pleito de 2022. Alckmin era cotado como vice de Lula e os dois, que eram adversários declarados, chegaram a trocar elogios nos últimos meses.
Dias depois, o discurso de integrantes do partido, agora, é de que não haverá revogaço e, sim, uma pós-reforma, como a está ocorrendo na Espanha.