O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta segunda-feira (17/1), que não é contrário à vacinação contra COVID-19. De acordo com o chefe do Executivo federal, ele fez “a coisa certa” durante a pandemia do coronavírus.
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Na conversa, Bolsonaro disse ainda que teria pronto um roteiro de ações caso o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendesse a decisão que garantiu a autonomia para governadores e prefeitos implementarem medidas sanitárias.
"Se o Supremo restabelecer o comando das ações da pandemia para mim, tenho pronto o que faria poucas horas depois. Eu não falo agora senão vai ser uma polêmica enorme, uma crítica muito grande contra a nossa pessoa... mas fizemos a coisa certa durante a pandemia", disse.
Durante toda a pandemia, Bolsonaro foi contra as medidas de isolamento social justificando que as ações "acabariam" com a economia do Brasil.
Além disso, o governo Bolsonaro recusou diversas ofertas de vacina e dificultou a compra dos imunizantes. O presidente também se negou a tomar a vacina e promoveu diversas fake news sobre o assunto, chegando a dizer que a vacinação ajudava as pessoas a contrair AIDS.
Apesar disso, na conversa com os jornalistas da rádio, Bolsonaro disse que nunca participou do movimento "antivax", contrário à vacinação. No entanto, o presidente pontuou que é contra a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no Programa Nacional de Imunizações (PNI).
"Deixo bem claro, foi o nosso governo que comprou 400 milhões de doses de vacinas. Continuam me acusando de ser contra a vacina, mas como? Se comprei 400 milhões de doses?", questionou Bolsonaro.
"O que entrei em disputa nas últimas semanas foi quando se falou em vacinar crianças de 5 a 11 anos. Ou seja, prevaleceu a vontade nossa, do Ministério da Saúde, onde as crianças podem se vacinar desde que os pais autorizem. E fiquem sabendo dos possíveis efeitos colaterais, que não são poucos. A nossa participação é por aí", finalizou.