Com a campanha eleitoral se aproximando, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião para esta terça-feira (18/1), na Fundação Perseu Abramo, em São Paulo, com os ex-ministros da Saúde dos governos petistas: Agenor Álvares, Alexandre Padilha, Arthur Chioro, Humberto Costa, José Gomes Temporão e Saraiva Felipe. O objetivo do encontro é debater soluções e avaliar desafios para a saúde pública no Brasil em 2022, em especial no combate à pandemia da covid-19.
Além deles, também vão participar da reunião o ex-diretor da Anvisa Dirceu Barbano e a coordenadora do Setorial de Saúde do PT, Eliane Cruz.
Segundo a assessoria do presidente petista, entre os tópicos da discussão destaca-se o combate às fake news contra a vacina com um “presidente negacionista”. A reunião pretende debater também formas de o governo federal articular prefeituras e governos estaduais a trabalharem juntos pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Desde o início da pandemia, o ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores têm acompanhado o combate ao coronavírus e a ausência de políticas públicas de atendimento à população nesta fase e a força do Sistema Único de Saúde na assistência aos brasileiros durante a crise sanitária”, destacou a nota.
Internamente, já se admite que as discussões terão como consequência um ponto de partida para o plano de governo de Lula na área da Saúde.
Ao Correio, o senador Humberto Costa (CE) explicou que, além de debater desafios para 2022 e erros na gestão da Saúde do governo Bolsonaro, a reunião servirá para debater soluções e ações para o futuro em caso de novas situações emergenciais, caso o PT retorne ao poder.
“Nós vamos fazer uma conversa, um balanço de como foi a condução da pandemia até aqui e avaliar formas de enfrentar a covid em 2022. Vamos ouvir também o que o presidente Lula está querendo de nós (ex-ministros) e debater como o SUS precisa ser preparado para eventualidades, no caso de nós vivermos outras emergências sanitárias como essa, que certamente virão outras emergências”, explicou.