O ex-presidente Michel Temer (MDB) defendeu a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e classificou como "equívoco" a suposta tentativa do PT de afastá-la das negociações do partido para as eleições de outubro.
"Ela foi presidente da República, ela tem seus adeptos. Acho que ela pode colaborar com a campanha. Vou dar um palpite aqui com muito cuidado, mas acho um equívoco ignorarem, porque ela tem uma presença. É uma presença nacional que pode ser utilizada, não tenho dúvidas disso", afirmou ao podcast "Descomplica, Kelly".
Dilma não foi convidada para o jantar entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido), que deve ser vice na chapa do petista.
Uma ala do PT acredita que o ex-governador paulista não é confiável para ser candidato a vice do líder petista. Esse movimento é liderado pela ex-presidente que já expressou preocupação pelo fato de Alckmin não ter afinidades históricas com o partido.
LEIA TAMBÉM:
LEIA TAMBÉM:
Petistas fazem petição contra Alckmin: 'Golpista neoliberal'
Em conversa com Lula, Dilma chegou a dizer que o ex-tucano seria “seu Temer”. Fazendo referência á atuação do ex-presidente Michel Temer durante o processo de impeachment dela, no qual a petista alega ter sido um “golpe” arquitetado por ele, oposição e Centrão.
O processo de impeachment da ex-presidente foi iniciado em 2015 após uma denúncia por crime de responsabilidade oferecida pelo procurador Hélio Bicudo e os advogados Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal. O processo foi finalizado em 2016, com a cassação do mandato de Dilma.