Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

Alckmin tem que provar que será 'igual ou melhor' que Alencar, diz Lula

Cotado como candidato às eleições gerais de 2022 para a Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (19/1) que Geraldo Alckmin (sem partido) precisa ser "melhor ou igual" do que José Alencar. Lula governou o Brasil de 2003 a 2010 e teve Alencar como vice por todo este período.





"Duvido que alguém tenha a sorte de ter o vice que eu tive como o José Alencar. Espero, espero que se as forças políticas que apoiam se o Alckmin é vice, que ele esteja ouvindo o que estou falando, porque ele tem que provar que ele vai ter que ser igual ou melhor que o José Alencar, e aí eu estarei muito tranquilo. Porque o vice tem que ajudar a governar esse país", afirmou Lula, em entrevista coletiva hoje.

Lula tem realizado uma série de reuniões desde o ano passado a fim de concentrar forças para as eleições presidenciais de 2022. Uma delas foi com Alckmin, governador de São Paulo entre 2001 e 2006 e de 2011 a 2018 e candidato à Presidência da República em 2006, quando perdeu justamente para Lula, que teve 60,82% dos votos válidos no segundo turno.

Dilma Rousseff, então ministra-chefe da Casa Civil, José Alencar, vice-presidente, e Lula, presidente, em 2009 (foto: Marcelo Sant'Anna/EM/DA Press)
Na mesma resposta em que faz o paralelo com José Alencar, mineiro da cidade de Muriaé, o ex-presidente abordou a possibilidade de se aliar com o ex-rival. Parte da base de Lula não aprova a ideia de Alckmin se unir ao petista, mas Lula pondera a situação.





"O problema é que quando a gente pensa política às vezes a gente pensa no que a pessoa foi e a gente tem medo de pensar no que a pessoa vai ser. O ser humano, ele é mutante, ele vai se transformando. Uns se transformam para pior, vejo muitos comentaristas na televisão brasileira que eram extremistas de esquerda a 20 anos atrás e hoje são direitistas, e fazem julgamento dos outros todo dia", disse.

O primeiro turno das eleições de 2022 acontece em 2 de outubro. Além de Lula, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se colocam como possíveis nomes para a corrida presidencial.

Os ex-ministros da Justiça e da Segurança Pública Sergio Moro (Podemos) e da Saúde Luiz Henrique Mandetta (União) também são nomes sondados para a disputa.

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