Depois de ter sido chamado de “canalha” pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (19/1), o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (Podemos) respondeu o petista via redes sociais.
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“Canalha é quem roubou o povo brasileiro durante anos e quem usou nosso dinheiro para financiar ditaduras”, rebateu Moro. “E quadrilha é o nome do grupo que fez isso, colocado por você, Lula, na Petrobras. Você será derrotado. Só ofende pois não tem como explicar a corrupção no seu governo”, .
Mais cedo, durante coletiva de imprensa para blogs da esquerda, Lula voltou a disparar contra Sergio Moro ao falar dos processos da Lava-Jato contra ele.
“Eu tive sorte do povo brasileiro que me ajudou a provar a farsa que foi montada contra mim em vida. Consegui desmontar o canalha que foi o Moro no julgamento dos meus processos. O Dallagnol, a mentira, as fake news, o PowerPoint da quadrilha. Tudo isso eu consegui provar que quadrilha eram eles”, disse Lula.
“Eu tive sorte do povo brasileiro que me ajudou a provar a farsa que foi montada contra mim em vida. Consegui desmontar o canalha que foi o Moro no julgamento dos meus processos. O Dallagnol, a mentira, as fake news, o PowerPoint da quadrilha. Tudo isso eu consegui provar que quadrilha eram eles”, disse Lula.
Depois da declaração de Lula, o ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos), que também participou da força tarefa Lava-Jato, saiu em defesa de Moro. “Lula e seus companheiros corruptos do PT sequestraram a Petrobras e agora querem sequestrar a narrativa e reescrever a história. Não conseguirão”, disse Dallagnol.
De acordo com ex-procurador, os brasileiros sabem “quem são os responsáveis pelo maior escândalo de corrupção da história do Brasil” e quem tem as “mãos sujas com dinheiro desviado”.
"A única coisa que Lula conseguiu provar foi que, no Brasil, quem planta corrupção colhe impunidade e essa é uma injustiça contra a qual vamos lutar", escreveu.
Entenda
Moro ficou conhecido por comandar, entre março de 2014 a novembro de 2018, em primeira instância, os processos relacionados aos crimes identificados na Operação Lava-Jato, envolvendo grande número de políticos, empreiteiros e empresas.
Em 2017, o ex-juiz condenou Lula, decisão posteriormente anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento de um habeas corpus, em 23 de março de 2021. A Segunda Turma da Corte considerou que Moro atuou com parcialidade em relação ao ex-presidente Lula.