O Palácio do Planalto convidou o mineiro Alexandre Silveira (PSD) para ser o líder do governo de Jair Bolsonaro (PL) no Senado Federal. Silveira é suplente de Antonio Anastasia (PSD) e vai assumir um assento no Congresso Nacional após a posse do titular como conselheiro do Tribunal de Contas da União (TCU).
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Antes de dar o "sim", porém, Silveira deve conversar com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. O futuro parlamentar é Diretor Jurídico do Senado e presidente do PSD em Minas Gerais. Ele é muito próximo ao também pessedista Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso, e que também deve opinar antes da batida de martelo.
A sigla tem 11 senadores, e responde pela segunda maior bancada da Casa, atrás apenas do MDB. A CNN Brasil foi o primeiro veículo a tratar da possibilidade de Silveira liderar o governo.
O novo senador foi deputado entre 2007 e 2014. Durante o governo Anastasia, foi secretário de Estado. Antes do PSD, filiou-se ao PPS - hoje chamado de Cidadania. Nos anos 1990, chegou a ser nomeado delegado da Polícia Civil. Depois, ocupou postos de diretoria no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
O mandato de Anastasia, herdado por Silveira, se encerra no fim deste ano. No PSD, há quem defenda que ele tente a reeleição. Rodrigo Pacheco é um dos entusiastas da ideia.
"Se ele me impôs o ônus e a responsabilidade de ser o técnico dessa Seleção, para escalar quem for no ataque ou na defesa, Alexandre Silveira está escalado para disputar o Senado da República em 2022. E, certamente, quem ganhará muito será Minas Gerais", disse Pacheco, em evento com líderes políticos da Zona da Mata mineira, no fim do ano passado.
O PSD é o partido que abriga o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, cogitado como oponente de Romeu Zema (Novo) na disputa pelo governo mineiro.
Embora o partido defenda Silveira, a discussão sobre a agremiação a ocupar a vaga de senador em eventual chapa de Kalil tem outros interessados, como o PDT, que pensa em nomes como a vereadora Duda Salabert e o deputado federal Mário Heringer. A escolha do senador pode alterar o leque de apoios à hipotética campanha do prefeito.
Liderança está vaga desde eleição ao TCU
Anastasia venceu a eleição para o Tribunal de Contas contra Kátia Abreu (PP-TO) e Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), então líder do governo. O emedebista recebeu apenas sete votos no pleito, ocorrido em dezembro passado, e terminou na lanterna. O insucesso na disputa o levou a entregar o cargo ligado a Bolsonaro.
Antes do convite a Alexandre Silveira, Carlos Viana (MDB-MG), um dos vice-líderes de Bolsonaro, chegou a ser sondado para herdar a liderança.