"Vamos convidar o novo líder do governo, que vai assumir em fevereiro, o Alexandre Silveira, para ficar com a gente em um trecho dessa ferrovia", disse o presidente.
Depois das falas de mais cedo, onde falava da recusa momentânea, Silveira não chegou a confirmar oficialmente que assumirá o posto.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), porém, também confirmou à "CNN Brasil" a indicação de Silveira para a liderança. Ele chamou o futuro senador por Minas Gerais de "muito experiente" e "excelente quadro".
"É apenas questão de tempo, uma pequena burocracia, até que haja a formalização e ele tome posse no seu cargo de senador. Assim que isso acontecer, ele será o líder do governo no Senado Federal", assegurou.
Como mostrou ontem o EM, Silveira estava bastante inclinado a aceitar o convite, que partiu do próprio Bolsonaro. Antes, porém, precisava conversar com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de quem é muito próximo, e com Gilberto Kassab, presidente nacional pessedista.
Hoje, ao tratar do tema, Silveira explicou que não poderia analisar o convite por ainda não ser um senador da República. Ele assume uma das 81 cadeiras da Casa em fevereiro, quando Antonio Anastasia (PSD), tomar posse como conselheiro do Tribunal de Contas da União (TCU).
"Como não estou investido do cargo de senador da República, não posso considerar a avaliação da proposta no momento. Meu objetivo é, com responsabilidade e muito trabalho, cumprir um mandato que orgulhe os mineiros e as mineiras, independentemente de governos ou ideologias".
Em que pese as falas, Silveira, cuja escolha, segundo Flávio Bolsonaro, foi unânime, chegou a ter reunião sobre os projetos considerados prioritários pelo governo.
"Acredito que o convite se deu pela nossa capacidade de diálogo e disposição para discutir os projetos que interessam aos brasileiros, acima de qualquer ideologia ou questão partidária", completou o pessedista, mais cedo.
Atualmente, o ex-deputado federal Silveira é diretor de Assuntos Jurídicos do Senado. No mundo político, ele é conhecido por ter bom trânsito em Brasília e, também, junto a prefeitos mineiros.
O cargo de líder está vago desde dezembro, quando Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) o entregou. A decisão ocorreu por causa, justamente, do Tribunal de Contas da União. Bezerra obteve apenas sete votos na eleição vencida por Anastasia. Ter terminado na lanterna da disputa, atrás também de Kátia Abreu (PP-TO), motivou a renúncia.
Antes do convite a Alexandre Silveira, Carlos Viana (MDB), outro mineiro, chegou a ser sondado.