O presidente Jair Bolsonaro (PL) deve se reunir com deputados federais de Minas Gerais no início de fevereiro, após recesso parlamentar, para tratar de ações para recuperação das cidades mineiras afetadas pelas chuvas do início de janeiro. Segundo Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), um dos parlamentares que têm atuado na mediação para disponibilizar recursos aos municípios de Minas, a bancada mineira já se reuniu com o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil.
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O governo de Minas solicitou ao governo federal uma ajuda financeira para reparação das cidades afetadas. Isso, contudo, é um processo burocrático, como define o próprio Executivo estadual, e precisa de auxílio dos mais diversos quanto à operacionalização do pedido de ajuda.
Marcelo Freitas tem atuado, especialmente, na Região Norte do estado, e diz que a questão emergencial já tem sido tratada pelo próprio estado.
Marcelo Freitas tem atuado, especialmente, na Região Norte do estado, e diz que a questão emergencial já tem sido tratada pelo próprio estado.
"Buscamos, primeiro, uma ação concreta e real: distribuição de alimentos e mantimentos às famílias, em parceria com Santa Casa, laboratórios e o setor privado em si, para mandar toneladas de medicamentos e alimentos. Depois, vem a parte da Defesa Civil, até com a questão do Recupera Minas, via governo estadual, para que possamos cadastrar estragos efetivados e recuperar isso, com reparação de pontes e ruas. Quando tudo isso vem com orientação, é mais fácil a gente conseguir buscar esses recursos", diz o deputado federal.
O plano Recupera Minas, lançado na terça-feira (18), tem gasto previsto de R$ 600 milhões para atuar em três frentes: pessoal, municipal e infraestrutura. A verba federal, pedida pelo governo de Minas, seria um complemento das ações estaduais e é vista como fundamental pelas autoridades mineiras.
"Nós não podemos ficar sem assistência federal. Esses R$ 900 milhões têm que chegar, é um dever do governo federal vir a socorro de Minas Gerais neste momento, não só resolvendo o que são mesmo deles, que são os problemas das rodovias federais, mas dando suporte aos municípios. Então, o governador foi muito enfático com todos os interlocutores federais até agora, nós esperamos ver reconhecida a importância de Minas Gerais, o valor de Minas Gerais para o Brasil neste momento, o reconhecimento da nossa situação dramática que está sendo vivida", cobrou Mateus Simões, secretário-geral do governo de Minas, no lançamento do plano.
"As verbas podem ser liberadas imediatamente, são emergenciais. No âmbito federal, já temos tratado o socorro, que é imediato, mas tem o trâmite. Muitos gestores públicos, até pela simplicidade, precisam de ajuda para reconstrução e não colocam, por exemplo, quais pontes foram destruídas e muito menos apresentam o que precisam de fato. Para o governo liberar, tem que ter esse suporte mínimo, e isso vem a partir desse levantamento, que vai contar também com a ajuda do governo de Minas. Isso acontece por parte do governo federal porque era muito comum gestores do país aproveitarem de alguma questão para retomar obras paradas há tempos, por exemplo", disse Marcelo Freitas.