As declarações em tom conciliador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a eventual formação de chapa com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido) para a corrida eleitoral deixaram o mercado financeiro na expectativa. A avaliação é de que a intenção do petista de formar uma frente ampla nas eleições, o que incluiria o centro, seria a indicação de uma postura menos radical.
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Já o economista gestor da BlueMetrix Ativos, Renan Silva, disse ser precipitado afirmar que a reação positiva do mercado está relacionada às declarações de Lula. "Neste momento, o mercado, talvez, não esteja tão sensível a esse evento político, até porque ainda é muito cedo para apontar o que vai acontecer nas eleições em outubro", argumentou. Para Silva, os resultados positivos foram causados porque agentes do mercado estão antecipando um fluxo de investimentos, neste início de ano, com receio de uma instabilidade econômica que pode ser causada pelas eleições de outubro.
"O mercado sabe que o vice não determina a diretriz econômica do governo. Os mandatos de Lula e Dilma (Rousseff) ficaram marcados por terem uma gestão econômica pró-Estado, o que denota uma certa ineficiência para o mercado", ressaltou.
Para ele, "Alckmin sempre se elegeu com o voto conservador, mas que não vai agregar ao se unir a Lula". "É só para dizer que o extremo é Bolsonaro: 'Eu me juntei com o cara que era o meu inimigo para dizer que não estou no espectro do extremismo, então, confie em mim'. O que isso traz de prática? Acho que não está gerando a confiança que eles achavam que ia produzir", acrescentou.
*Estagiário sob supervisão de Cida Barbosa