Morto oito dias após ser diagnosticado com a COVID-19, Olavo de Carvalho negou a gravidade da pandemia em diversas oportunidades. O escritor e influenciador digital morreu esta sexta-feira (25/1) em Richmond, no estado americano da Virgínia. A nota de falecimento foi divulgada nas redes sociais pela família dele.
Leia Mais
Morre Olavo de Carvalho: guru do bolsonarismo disse que covid era 'historinha de terror'Filha de Olavo de Carvalho comenta morte do pai: 'Deus perdoe as maldades'Olavo de Carvalho morre aos 74 anos nos Estados UnidosBolsonaro homenageia Olavo de Carvalho: 'Um dos maiores do país'Renan sobre Olavo: 'Negou o vírus e será sepultado na Terra redonda'“O medo de um suposto vírus mortífero não passa de historinha de terror para acovardar a população e fazê-la aceitar a escravidão como um presente de Papai Noel.”, escreveu Carvalho em maio de 2020 no Twitter.
Um mês depois, ele atacou as medidas de contenção da COVID-19 adotadas em todo o mundo.“Essa campanha para nos “proteger da pandemia” é o mais vasto e mais sórdido crime já cometido contra a espécie humana inteira.”
O influenciador também atacava a China, e acusava o país de disseminar o vírus de maneira proposital. “Só um perfeito idiota pode imaginar que a disseminação do vírus chinês no mundo foi um acidente. Mas o Ocidente está repleto de perfeitos idiotas, diante dos quais os chineses têm um justificado senso de superioridade”, postou.
Radical, Olavo era contrário até mesmo ao uso do termo pandemia para se referir ao quadro epidemiológico global causado pela COVID-9. "Quando é que os ditos “conservadores” vão parar de usar o termo “pandemia?", disse, no Twitter.
Negacionista, o escritor afirmava duvidar da mortalidade do vírus e o chamava de "mocoronga". “Dúvida cruel. O Vírus Mocoronga mata mesmo as pessoas ou só as ajuda a entrar nas estatísticas?”, disse.